Cid Moreira deixou instruções sobre enterro: ‘Perto da primeira esposa’
Jornalista será sepultado no interior de São Paulo
Morto na manhã desta quinta-feira (3), no Rio de Janeiro, aos 97 anos, Cid Moreira deixou instruções sobre o próprio enterro. Segundo a esposa do primeiro âncora do Jornal Nacional (Globo), Fátima Sampaio, o jornalista disse que gostaria de ser sepultado ao lado da primeira esposa, no interior de São Paulo.
“Ele falou para mim que quer ser enterrado em Taubaté, perto da primeira esposa, da filha que foi e do neto que foi”, disse Fátima em entrevista ao Encontro.
“Pensei, ele ama Petrópolis, então a gente fazer uma despedida aqui em Petrópolis antes, fazer uma despedida no Rio, talvez… E depois ir lá para a terra natal”, comentou. “Eu tô um pouco grogue e vou precisar de ajuda”, confessou.
Jacira Moreira, fruto do casamento de Cid Moreira com Olga Verônica Radenzev, morreu em 2020, vítima de enfisema pulmonar. Já o neto do apresentador, Alexandre Moreira, morreu em 1996, aos 21 anos, após um acidente de carro em Taubaté.
Quem era Cid Moreira
Ícone do telejornalismo brasileiro, Cid marcou sua trajetória como o primeiro apresentador do Jornal Nacional, na TV Globo, e sua voz profunda e grave o consagrou como uma das figuras mais marcantes da comunicação no país.
Nascido em Taubaté (SP), no dia 29 de setembro de 1927, Cid começou sua carreira em 1944, quando ainda estudava contabilidade. Ele chamou a atenção por suas imitações em festas, o que acabou lhe rendendo um teste na Rádio Difusora de Taubaté, onde passou a narrar comerciais. Em 1949, mudou-se para São Paulo e trabalhou como locutor na Rádio Bandeirantes. Pouco tempo depois, mudou-se para o Rio de Janeiro e ingressou na Rádio Mayrink Veiga.
Sua primeira aparição na televisão foi em 1956, apresentando comerciais na TV Rio. Mas foi em 1963 que ele começou a trajetória como locutor de noticiários no Jornal de Vanguarda. Continue lendo…