Cientistas negras da Nasa nos anos 1960 vão ganhar filme
Filme vai contar a história de uma das 'calculadoras vivas' da agência espacial
Parece estranho imaginar isso, mas durante a corrida espacial dos anos 1960, a Nasa precisava fazer cálculos muito complexos e não tinha computadores dando sopa para fazê-los. Aí entravam matemáticos extremamente talentosos que ficaram conhecidos como “calculadoras vivas”, em um estilo bem Duna, usados para fazer as contas que os outros cientistas não faziam. Os anos 1960 também foi a década da luta pelos direitos civis dos negros nos EUA, que sequer podiam votar, assim como da revolução sexual em que as mulheres começaram a ganhar mais direitos e a lutar por igualdade, especialmente de trabalho e salário.
Segundo o New York Times, estas complexas realidades vão ganhar vida no filme e no livro Hidden Figures. Eles irão contar a história real de Katherine Johnson, vencedora da medalha Presidencial da Liberdade de 2015 nos EUA. Ela é uma mulher negra e foi uma das calculadoras vivas da Nasa durante os anos 1960 e 1970. Entre suas conquistas, estão os cálculos que permitiram colocar o primeiro americano no espaço e, mais importante ainda, os cálculos de trajetória para a aterrissagem na lua.
O livro é de autoria de Margot Lee Shetterley e o filme terá Taraji P. Henson como Johnson, Octavia Spencer como sua supervisora Dorothy Vaughn, e Janelle Monáe como a engenheira espacial Mary Jackson. O livro sai em setembro deste ano, já o filme deve ser lançado em 2017.