Crítica: A Semana da Minha Vida | Netflix
Musical repetitivo, banal, sem graça e em nada memorável
Particularmente, eu amo musicais. Não são todos, claro, mas é um gênero que aprecio e me agrada. “A Semana da Minha Vida” é um musical romance adolescente que se passa durante uma colônia de férias. Algumas comparações com “High School Musical” são inevitáveis – até o protagonista Kevin Quiin lembra Zac Afron. E tudo que acontece ao longo do enredo já foi visto centenas e centenas de vezes em outras tantas obras adolescentes do gênero.
Na trama, Will Hawkins (Kevin Quinn) é um adolescente rebelde que após desafiar a lei mais uma vez precisa fazer uma escolha: ou é enviado para um programa de detenção juvenil ou vai para um acampamento cristão. Ele escolhe a segunda opção. Lá, aos poucos ele se solta e vai conhecer uma garota chamada Avery (Bailee Madison), por quem se apaixonada perdidamente.
Sempre defendi a ideia de que não importa os clichês, mas tudo vai depender de como esses clichês serão desenvolvidos. No caso deste “A Semana da Minha Vida”, o resultado é uma obra desprovida de carisma e boas músicas. Os números musicais são insossos e burocráticos, e a produção em nenhum momento consegue oferecer visuais bacanas e criativos. “High School Musical” é um musical de colegial que, pode não ser uma maravilha do cinema, mas ao menos tem gingado e algumas músicas memoráveis (“We’re All In This Together”, por exemplo).
“A Semana da Minha Vida” é uma bobeira adolescente, uma obra com fundo gospel que pouco surte efeito tanto como diversão, e nem como evangelização. É um filme totalmente sem um diferencial que lhe faça ser, no mínimo, um clichê compensável.
A Week Away/EUA – 2021
Dirigido por: Roman White
Com: Kevin Quinn, Bailee Madison, Jahbril Cook…