Crítica: Esquadrão Trovão | Netflix

Já tivemos ao longo dos últimos anos diversos exemplos de filmes que conseguiram trabalhar a temática de super-herói dentro da comédia. “Esquadrão Trovão” não é um deles. Estrelado por Melissa McCarthy e Octavia Spencer, o longa é um tentativa vergonhosa de brincar com esse mundo e não consegue nem ser um bom filme de super-herói, muito menos ser uma comédia engraçada.

Nem questiono a falta de originalidade da história, muito menos a caricatura dos vilões, afinal, se trata aqui de uma comédia e tal liberdade é comum dentro do gênero. O problema de “Esquadrão Trovão” é que lhe falta situações cômicas melhor pensadas, e menos apostas em obviedades e verborragias desnecessárias – principalmente verborragias sem graça

Falta também ao filme mais espírito de aventura. Você pode muito bem trabalhar a comédia com o tema de super-heróis mas sem deixar de lado a ação, a aventura e tudo que se espera de um filme assim (“Kick Ass” é um ótimo exemplo). Nenhuma cena de ação tem criatividade ou empolga.

A dupla protagonista também não funciona junta. Melissa McCarthy repete o seu estilo desajeitado e tagarela e até tenta trazer alguma comicidade, mas nunca chega lá – não aqui neste filme. Já Octavia Spencer é uma vergonha. É o longa inteiro com cara de quem não esta gostando e nem queria estar ali.

Dirigido pelo fraquíssimo Ben Falcone, que é casado na vida real com McCarthy e ainda insiste em dirigir comédias péssimas com a esposa – como “Tammy” e “A Chefe”, por exemplo -, entrega um filme que é um completo desperdício de potencial. Infelizmente, “Esquadrão Trovão” é uma decepção vergonhosa, cansativa e descartável.

Thunder Force/EUA – 2021

Dirigido por: Ben Falcone

Com: Melissa McCarthy, Octavia Spencer, Bobby Cannavale, Jason Bateman…

Sinopse: Em Esquadrão Trovão, em um mundo onde supervilões são comuns, duas melhores amigas de infância, separadas pelo tempo, se reúnem depois que uma delas inventa um tratamento que lhes dá poderes para proteger sua cidade.