Crítica: Fuja | Netflix
“Fuja” é um desses filmes curiosos. Seu enredo é tão previsível, mas tão previsível, que…
“Fuja” é um desses filmes curiosos. Seu enredo é tão previsível, mas tão previsível, que de alguma forma acaba funcionando no saldo final. E parte desse mérito deve-se ao diretor Aneesh Chaganty (que assina o roteiro junto com Sev Ohanian) por conseguir pegar uma trama comum e trazer algum peso dramático à narrativa.
Não que o filme seja um colosso dramaticamente falando, ou mesmo em seu suspense. É um pastiche bem realizado de uma história já contada outras centenas de vezes, seja com uma mãe de vilã, ou um pai, ou um vizinho e por aí vai. A primeira cena já nos entrega a resposta para o “grande mistério da trama” – basta prestar atenção na cor do bebê com a da atriz Kiara Allen.
Na trama, Chloe (Kiera Allen, excelente) é uma adolescente cadeirante cuidada à exaustão pela mãe (Sarah Paulson). Ela toma vários remédios e passa o dia inteiro dentro de casa, e sua maior ansiedade é com a resposta de alguma das faculdades em que se inscreveu, mas as cartas nunca chegam. Com o passar dos dias, Chloe começa a perceber um comportamento estranho na mãe, principalmente após descobrir que o frasco de um de seus remédios, na verdade, estava entiquetado com o nome de sua mãe.
“Fuja” é tão simples, superficial e honesto em suas intenções que nem necessita de análises tão profundas. É um filme que não ousa ou surpreende, é logo esquecível, mas entrega o que promete com agilidade e sem enrolação. Disponível na Netflix.
Run/EUA – 2021
Dirigido por: Aneesh Chaganty
Com: Kiera Allen, Sarah Paulson, Pet Healy…
Sinopse: Em Fuja, Chloe (Kiera Allen) é uma adolescente que sofre de inúmeras doenças, inclusive paralisia, que a colocou em uma cadeira de rodas. Ela é educada em casa por sua mãe, Diane (Sarah Paulson), e aguarda a carta de resposta da faculdade. No entanto, o comportamento estranho apresentado pela matriarca começa a deixar a jovem desconfiada de que algo está errado. Quando encontra um remédio receitado para a mãe, a jovem passa a questionar tudo o que Diane faz, suspeitando que algo muito mais sinistro está por trás de tudo.