Crítica: O Mapa das Pequenas Coisas Perfeitas | Amazon Prime
Romance usa a fórmula do "estar preso no mesmo dia" para criar um filme envolvente e delicado
A ideia de uma ou mais pessoas presas em um lapso temporal repetindo o mesmo dia várias, e várias vezes, já rendeu centenas de filmes. De fato, é uma ideia promissora. Ficou mais popular com o clássico “Feitiço do Tempo” (1993) com Bill Murray, e nos últimos anos inspirou inúmeras obras como “Nu”, “No Limite do Amanhã”, “A Morte Te Dá Parabéns”, “Palm Springs” e este “O Mapa das Pequenas Coisas Perfeitas”.
Na trama, dois jovens estão presos revivendo o mesmo dia e resolvem tirar proveito da situação. Vivem o máximo de coisas boas durante as 16 horas que possuem, já que todos os dias à meia-noite em ponto tudo volta para o início do dia – com eles acordando. Mas claro, chegará o momento em que o desejo de seguir em frente e continuar a vida vai aparecer. Sair da repetição e poder colocar em prática sonhos, fazer planos, viajar, envelhecer e vivenciar outras datas com quem se ama.
A história é bem simples e previsível e não foge muito daquilo que o próprio conceito da trama oferece. Mas a direção de Ian Samuels é tão delicada e leve que o resultado é uma obra extremamente prazerosa de ver. A trilha sonora ajuda no clima tocante e inspirador, e os dois atores protagonistas (Kyle Allen e Kathryn Newton) são ótimos e convincentes juntos.
Por fim, é como sempre digo: não importa se é clichê, tudo depende da maneira como você trabalha esse clichê. E “O Mapa das Pequenas Coisas Perfeitas” é um romance infanto-juvenil com coração, emoção e delicadeza. Disponível no Amazon Prime Vídeo.
The Map of Tiny Perfect Things/EUA – 2021
Dirigido por: Ian Samuels
Com: Kyle Allen, Kathryn Newton, Josh Hamilton…
Sinopse: Dois jovens, presos revivendo um mesmo dia, resolvem tirar o melhor da situação e viver o máximo de coisas boas que aconteceram nele, sejam elas pequenas ou grandes.