Cinema

Crítica: Os Segredos Que Guardamos | Amazon Prime

Suspense consegue tornar uma história de "vingança contra nazista" algo sem graça e esquecível

(Foto: Reprodução/Amazon Prime)

Na história de “Os Segredos Que Guardamos”, Maja (Noomi Rapace) está reconstruindo sua vida em Nova York ao lado de marido Dobie, anos após a traumática Segunda Guerra Mundial. Quando Maja encontra um homem estranhamente familiar, ela começa a ficar obcecada achando que ele era um dos guardas do campo de concentração onde ficou durante a guerra. Diante disso, Maja sequestra o sujeito e o mantém preso em seu porão até ele confessar ser um nazista.

Essa historinha de se vingar ou confrontar o vizinho nazista nos EUA não é muito nova em Hollywood. Me lembro agora de “O Aprendiz” com Ian McKellen lançado em 1998, e mais recente o seriado “Hunters”, do Amazon Prime e com Al Pacino no elenco. Mas como sou um defensor ávido da maneira como se trabalha o clichê – não me importando com o clichê em si -, ter uma história já contada de um jeito ou de outro anteriormente não é o problema. Tudo está no desenvolvimento.

“Os Segredos Que Guardamos” consegue tornar uma vingança contra nazistas algo completamente desinteressante, chato e sem um pingo de suspense ou emoção. Primeiro: as intenções da protagonista são pouco convincentes e superficiais. Segundo: não há tensão ou suspense em torno do mistério e das consequências seja dos atos do passado, ou dos próprios atos impulsivos da protagonista. E terceiro: nem se visto como bobagem gore o longa acerta.

The Secrets We Keep/EUA – 2020

Dirigido por: Yuval Adler

Com: Noomi Rapace, Joel Kinnaman, Chris Messina…

Sinopse: Maja está reconstruindo sua vida junto com seu marido Dobie em Nova York após a Segunda Guerra Mundial. Quando eles encontram um homem estranhamente familiar, sua vida começa a se desfazer. Eles se perguntam, este poderia ser o oficial que foi um dos seus principais torturadores em Birkenau anos atrás.