Crítica: Palmer (2021) | Apple TV+

“Palmer” é o novo filme de Justin Timberlake que estreou no Apple TV+. O longa conta a história de um rapaz que foi preso quando adolescente e condenado a cumprir pena de 12 anos. Ao sair, Palmer volta a morar com a avó em sua cidadezinha natal levando a carga, e as lições, recebidas ao longo dos anos encarcerado. Inesperadamente, ele se vê tomando conta de um garotinho chamado Sam, cuja mãe é viciada em drogas pesadas e frequentemente desaparece. Sam ama brincar com bonecas, maquiagem e por causa disso enfrenta bullying de outras crianças na cidade.

A característica mais louvável de “Palmer” é trabalhar o assunto da identificação de gênero com naturalidade sem apelar para discussões extensas sobre o assunto. Apesar de Sam sofrer bullying por gostar de coisas de menina, o filme não entra em pormenores sobre se ele deve ser considerado menina ou não. Ele deve ser é respeitado, não importa suas preferências. Ponto.

O drama maior do longa é justamente a complicada família de Sam, o recomeço de Palmer e como ambos se unem pela vida. Dali, nasce uma amizade inesperada que frutifica para um relacionamento de pai e filho.

Dirigido por Fisher Stevens (mais conhecido por documentários e curtas), “Palmer” é um drama coeso, bem estruturado e com um ótimo Timberlake. Apesar de apressar nas resoluções judiciais finais – algo que não seria tão rápido e fácil na vida real -, o filme ensina a importância de amar independente das escolhas. E de cuidar independente das circunstâncias.

Palmer/EUA – 2021

Dirigido por: Fisher Stevens

Com: Justin Timberlake, Ryder Allen, June Squibb, Alisha Wainwright…

Sinopse: Um ex-presidiário retorna à sua cidade natal e forma um laço improvável com um menino abandonado por sua mãe viciada em drogas.