Crítica: Sonhos de Uma Vida | Amazon Prime

“Sonhos de Uma Vida” acompanha um dia inteiro na vida de um pai e sua filha, Leo e Molly, enquanto ela precisa lidar com os desafios e dificuldades do estado mental caótico do pai. Como se não bastasse, neste dia em específico, Leo começa a lembrar do passado, de quando foi casado pela primeira vez e perdeu seu primeiro filho em um acidente.

Dirigido por Sally Potter e estrelado por Javier Barden e Elle Fanning, “Sonhos de Uma Vida” fala sobre arrependimento, amargura e o valor do reconhecimento como parte da vida de alguém. Seja os arrependimentos de Leo, cujo passado continua a lhe atormentar, ou de Molly, que ao assumir o papel de cuidadora e responsável pelo pai, no fundo deseja ser lembrada como sua filha.

“Sonhos de Uma Vida” tinha muito potencial para ser um drama emocionante daqueles de tocar a alma e falar profundamente com o público. Sem falar nos ótimos atores presentes – destaque maior para Javier Barden que faz de tudo para tornar a obra muito mais do que ela é. Porém, infelizmente, o filme é um retrato medíocre do transtorno mental e de todo os dramas que afligem os personagens.

Uma obra que se perde com alguns flashbacks desnecessários e que pouco trabalha em função de tornar a situação de Leo relevante e impactante para o público. Pelo contrário, falta à “Sonhos de Uma Vida” mais ousadia, momentos que nos faça temer e sentir pelo que está sendo mostrado. É um filme que não sai da primeira marcha e quando pensamos que vai engatar uma segunda, bem, nada acontece. Infelizmente.

The Roads Not Taken/EUA, Reino Unido – 2020

Dirigido por: Sally Potter

Com: Javier Barden, Elle Fanning, Salma Hayek, Laura Linney…

Sinopse: O longa segue 24 horas turbulentas na vida de um pai e sua filha, Leo e Molly, enquanto ela lida com os desafios do estado mental aparentemente caótico de seu pai, caminhando pela cidade de Nova York.