Crítica: A Mão de Deus (2021) – Netflix
Dirigido por Paolo Sorrentino, de "A Grande Beleza", o filme é um trabalho extremamente pessoal cheio de coração e carinho
Escolha da Itália para tentar uma vaga no Oscar 2022, “A Mão de Deus” talvez seja o filme mais pessoal do diretor italiano Paolo Sorrentino. Ao contar a história de uma garoto na tumultuada Nápoles dos anos 80, Sorrentino mescla momentos inusitados de humor com perdas e decepções habituais da vida, e situações que colocam em cheque sua postura diante do mundo e moldam sua formação perante a sociedade, culminando na decisão de se tornar um cineasta.
Em uma obra mais intimista e repleta de pessoalidade, o filme às vezes se dispersa muito com situações e personagens que tiram o foco da jornada principal, e demora demais em algumas situações desnecessárias, mas a direção de Sorrentino é habilidosa e agrega desenvoltura e ritmo ao longa tornando a experiência mais cativante e envolvente.
“A Mão de Deus” é sem dúvida um projeto cheio de coração e carinho de seu realizador, alem de explorar um visual da Itália belíssimo (pra variar). Disponível na Netflix.
È stata la mano di Dio/ITÁLIA – 2021
Dirigido por: Paolo Sorrentino
Com: Filippo Scotti, Toni Servillo, Teresa Saponangelo…
Sinopse: A Mão de Deus conta a história de um menino, Fabietto Schisa (Filippo Scotti), na tumultuada Nápoles dos anos 1980. O filme é cheio de alegrias inesperadas, como a chegada da lenda do futebol Diego Maradona, e uma tragédia igualmente surpreendente. O destino desempenha seu papel e o futuro de Fabietto é posto em movimento.