Crítica: A Pior Pessoa do Mundo (2021)

Filme norueguês dirigido por Joachim Trier e estrelado pela excelente Renate Reinsve, “A Pior Pessoa do Mundo” nos coloca em um contexto de vida em que todos nós adultos já vivenciamos, ou ainda estamos vivendo ou ainda iremos viver. Aquela sensação de incertezas com relação ao futuro. De não saber qual caminho trilhar e para onde seguir. Qual curso da universidade? Qual profissão? Esta pessoa com quem estou namorando é a pessoa ideal para mim? Perguntas diversas da vida comum a todos nós.

Esta familiaridade é um dos pontos fortes do roteiro de “A Pior Pessoa do Mundo”, mas também a direção de Trier é sublime ao conseguir captar a espiritualidade das fases da vida de nossa protagonista Julie (Trier). Além de ser uma pessoa efervescente e carismática, Julie é repleta de medos, inseguranças e dúvidas sobre os rumos de sua vida. Será que ela está fazendo a escolha certa? Até quando continuar indecisa? Quando é se tornar um adulto? Questões presentes e identificáveis transmitidas com sensibilidade e sutileza.

Aproveitar a vida é maravilhoso. Conhecer pessoas, lugares e sensações novas são sempre formidáveis e agregadores. Mas há os momentos inevitáveis de responsabilidades e escolhas, e são estes que nos moldam e nos disciplinam para sermos melhores e mais maduros.

Inesquecível, “A Pior Pessoa do Mundo” é um desses filmes obrigatórios. Recomendado!

Verdens verste menneske (The Worst Person in the World) – 2021

Dirigido por: Joachin Trier

Com: Renate Reinsve, Anders Danielsen Lie, Herbert Nordrum, Hans Olav Brenner…

Sinopse: A Pior Pessoa do Mundo é dividido em um prólogo, um epílogo e 12 capítulos que seguem Julie em sua busca por si mesma. Julie é jovem, bonita, inteligente e não sabe exatamente o que deseja em uma carreira ou parceiro. Uma noite ela conhece Aksel, um conhecido romancista gráfico 15 anos mais velho que ela, e eles rapidamente se apaixonam. Todavia, ela também conhece um barista de café, Eivind, que também está em um relacionamento. Julie tem que decidir, não apenas entre dois homens, mas também quem ela é e quem ela quer ser. Entre idas e vindas, Julie escolhe com quer ficar e mais problemas surgem em sua vida. O longa aborda um momento específico da vida em que a energia inquieta da imensa possibilidade da juventude se mistura com a sensação melancólica e existencial sobre aceitar a pessoa mais difícil que você pode conhecer: você mesmo – e que mudanças fazem parte de sua vida.