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Crítica: A Princesa (2022) – Star+

“A Princesa”, dirigido por Le-Van Kiet, é outra cria da era-John Wick, mas ao invés…

“A Princesa”, dirigido por Le-Van Kiet, é outra cria da era-John Wick, mas ao invés de ser uma consequência sem personalidade, o filme em sua simplicidade entrega com competência o que propõe: uma ação de qualidade, bem filmada e cheia de criatividade com uma câmera que captura a beleza das coreografias e realça a empolgação do momento.

A trama é rasa como um pires: uma princesa (Joey King) é levada presa para a torre de seu castelo enquanto este está sendo usurpado por um sujeito (Dominic Cooper) interessado em se tornar o legítimo rei do local. Ele prende o rei, a rainha e a filha mais nova do casal, mata todos os guardas do castelo e almeja concretizar o casamento pelo qual foi rejeitado anteriormente, mas que agora o fará a força. O que ninguém esperava da princesa apriosionada eram suas habilidades de luta que aprendeu escondida ao longo da vida, e desde a torre até chegar ao andar de baixo, ela terá que enfrentar muitos adversários e lutar incansavelmente por sua sobrevivência.

Com cara de vídeo game onde em cada andar temos uma ‘fase’ para vencer, “A Princesa” possui seus exageros? Claro. A história pode não fazer sentido em alguns momentos? Sim. Mas, poxa, cinema de ação é isso e exija-se que tenha a chamada ‘suspensão de descrença’ para embarcar na fantasia da diversão. E que diversão! Da mesma forma que Hollywood sempre valorizou com ímpeto os seus ícones masculinos do cinema de ação, aqui temos o outro lado com uma personagem também repleta de personalidade e sede por vingança e que é valorizada pelo filme por sua habilidade e entrega. A atriz Joey King surpreende na execução de suas cenas de ação e se mostra uma excelente aposta para o gênero (a atriz já se provou ótima no drama com a minissérie “The Act” e esbanjou simpatia em filmes bobinhos péssimos que os pré-adolescentes amam com “A Barraca do Beijo”).

Tenho apenas uma ressalva: apesar das cenas de ação serem muito bem filmadas e empolgantes, o filme pouco dá espaço para respiro o que pode deixar um pouco cansativo, e há algumas sequências de ação que soam parecidas e repetitivas em estilo. Felizmente, isto não prejudica a qualidade do todo pois sempre temos em seguida outro momento onde elementos dos cenários são usados, e que mesclado com as lutas, tudo fica muito mais criativo e empolgante.

“A Princesa” é uma dessas bobeiras deliciosas de assistir, e uma obra de ação que entrega um material bem realizado, competente e nada genérico. Diante de tantos filmes de ação sem personalidade lançados nos streamings, isto já é mais do que louvável. Enfim, vale a diversão!

The Princess/EUA – 2022

Dirigido por: Le-Van Kiet

Com: Joey King, Olga Kurylenko, Dominic Cooper…

Sinopse: Era uma vez em…A Princesa, Joey King interpreta uma bela e obstinada princesa. Vivendo em um castelo mágico, uma princesa é prometida pelo seu pai a um sociopata cruel. Mas no fatídico dia em que a união seria consumada, ela acaba se recusando a casar. Enfrentando todas as normas de princesa, ela diz que não é um objeto para ser negociado. Mas ao se recusar a casar com quem está prometida, ela é sequestrada e trancada em uma torre remota do castelo de seu pai. Com seu pretendente desprezado e vingativo com a intenção de tomar o trono de seu pai. Com isso, ela precisa sair da torre quando mercenários vão matá-la e parte em uma missão para proteger sua família, salvar o reino e dar muitas pancadas nos vilões. Ao longo do caminho, ela faz amizade com outras mulheres que trabalham no castelo e no reino, além de quebrar todas as regras reais de uma princesa.