Crítica: Agente das Sombras (2022)
O que está acontecendo com Liam Neeson?
Liam Neeson está entrando naquele grupo “seleto” de atores que não se importam mais com qualidade de seus filmes. Aceita qualquer coisa pela grana, e pouco se preocupa com eficácia do projeto. Diante disso, apenas alguns filmes se salvam e desde que estrelou o ótimo “Busca Implacável”, Neeson não desgarrou (ou não tem conseguido desgarrar) do cinema de ação, e em meio a tantas histórias clichês e previsíveis, alguns filmes como “Sem Escalas”, “A Perseguição”, “As Viúvas” e “O Passageiro”, por exemplo, são nada originais mas conseguem se sobressair com um certo charme e cenas de ação bem realizadas.
Mas outros como “Busca Implacável 3”, “Legado Explosivo”, “Na Mira do Inimigo”, “Missão Resgate” e agora este “Agente das Sombras” são exemplares desprovidos de qualquer interesse pela competência, e nada inspirados em sua produção. São filmes nível C criados para gerar volume nos streamings, e que Neeson ainda está com a sorte de conseguir lançados no cinema.
A questão é que Neeson já não surpreende mais, e seus personagens estão caindo na monotonia – assim como os próprios filmes. É perceptível que o ator se dedica por ser um ótimo profissional, mas que reconhece o valor zero desses projetos e que pouco terá reconhecimento por eles. São genéricos sem nenhum tipo empolgação e, geralmente, com péssimos atores de apoio.
“Agente das Sombras”, por exemplo, é um desses exemplares sem vida, com cenas de ação repetitivas e sem personalidades que pouco se diferem de outros tantos filmes de ação descartáveis lançados aos montes por aí – e do próprio Neeson. A história do policial (ou detetive, ou matador de aluguel) querendo se aposentar mas algo lhe impede, além de colocar sua família em perigo, já cansou. Nem como entretenimento besta empolga mais.
Blacklight/EUA – 2022
Dirigido por: Mark Williams
Com: Liam Neeson, Aidan Quinn, Taylor John Smith…
Sinopse: Em Agente das Sombras, confiança, identidade e o perigo do poder sem controle levam um agente secreto ao limite. Travis Block (Liam Neeson) vive e luta nas sombras. Um “consertador” autônomo do governo, Block é um homem perigoso cujas atribuições incluíam extrair agentes de situações ocultas. Quando Block descobre que um programa sombrio chamado Operação Unidade está abatendo cidadãos comuns por razões conhecidas apenas pelo chefe de Block, o chefe do FBI Robinson (Aidan Quinn), ele pede a ajuda de um jornalista (Raver-Lampman). Mas seu passado e presente colidem quando seu filha e neta são ameaçadas. Agora Block precisa resgatar as pessoas que ama e expor a verdade para uma chance de redenção. Nada nem ninguém está seguro quando os segredos estão escondidos no Blacklight.