Crítica: Colossal (2017) – Especial de Férias

Quem disse que não há mais fazer filmes originais de super-heróis? Isso mesmo! “Colossal” é um filme de herói, vilão e todos os elementos que englobam uma clássica história do gênero. Porém, é completamente diferente de tudo que você já viu.

O longa dirigido por Nacho Vigalondo não é aquele filme cheio de efeitos especiais e personagens heroicos salvando o mundo de uma ponta a outra. Existe, sim, o lado fantástico mas bem sutil e como simbolismo para um debate maior. A fantasia existe como uma representação mágica de situações comuns à nós seres humanos. O filme fala que o mundo dos heróis – sejam estes da Marvel, DC, ou um James Bond, Indiana Jones e outros – é uma representação do nosso mundo real, baseado em conflitos pessoais ressonantes em nosso cotidiano. “Colossal” pega os temas frequentemente trabalhados em tais obras e mergulha fundo nas relações de cada personagem, em como os protagonistas vão se relacionar e como será a origem entre herói e vilão. Há um motivo, há ressentimentos envolvidos e sempre – apesar de toda a fantasia presente em tramas assim – tudo começa com problemas provenientes do  lado pessoal.

É difícil falar de “Colossal” pois não quero estragar o deleite que é o desenvolvimento da história e as situações importantes que ela irá nos apresentar. Só saiba que o filme é um trabalho original extasiante, empolgante e que ensina, com o mínimo de dinheiro possível – quase em nada em comparação às produção da Marvel e DC – que não importa quantas cidades serão destruídas, ou quantos efeitos maravilhosos veremos em cena, o mais importante são os personagens.

“Colossal” é um drama surpreendente e original. Anne Hathaway está excelente como sempre, mas é Jason Sudeikis quem consegue ser o grande feito do filme. Os motivos? Bem, assista e descubra. O resultado final? Uma obra imperdível!

Colossal-EUA

Ano: 2017 – Dirigido por: Nacho Vigalondo

Elenco: Anne Hathaway, Jason Sudeikis, Dan Stevens

Sinopse: Gloria (Anne Hathaway) deixa Nova York e volta para sua cidade natal após perder o emprego e o noivo. Ao acompanhar as notícias sobre o ataque de um lagarto gigante a Tóquio, ela descobre que está misteriosamente conectada mentalmente ao evento. Para evitar novos casos parecidos e uma eventual destruição total do planeta, Gloria precisa controlar os poderes de sua mente e entender por que sua existência aparentemente insignificante tem tamanha responsabilidade no destino do mundo.