Crítica: Elvis (2022) – HBO Max

Demorei mas finalmente conseguir assistir “Elvis”, cinebiografia dirigida pelo energético Baz Luhrmann, um desses diretores que, quer goste ou não, é inegável que possui um estilo de cinema muito específico e memorável. Ele foi o diretor da mais recente versão de “O Grande Gatsby” com DiCaprio, dos medianos “Austrália” e “Romeu + Julieta” e, ainda o seu melhor filme e um dos meus favoritos da vida: o musical “Moulin Rouge!”.

“Elvis” acompanha a carreira de Elvis Presley por três momentos de sua vida e é narrado pelo Coronel Tom Parker (Tom Hanks), que foi o empresário de Elvis e considerado por muitos como o maior vilão da carreira do cantor – responsável por impedi-lo de fazer shows fora dos EUA, excesso de trabalho, uso indevido de seu dinheiro e por ai vai.

“Elvis” é uma cinebiografia energética, cheia daquele ritmo característico de Luhrmann e que faz jus ao brilho extasiante de Elvis como artista. Um filme que entrega a pomposidade e importância de um dos maiores artistas norte-americanos do mundo, aquele que nunca escondeu sua paixão pela música preta (jazz e blues) e que a usou para moldar inúmeras canções de sua carreira.

Em alguns momentos mais dramáticos Luhrmann poderia respirar mais e deixar o drama fluir sem interrupções, tornando o momento mais profundo e mais emocionante, mas ainda assim, “Elvis” é uma experiência cinematográfica singular, empolgante e memorável. E ancorada pela atuação magistral de Austin Butler, que busca fugir da caricatura e entregar um Elvis além das roupas cafonas e das danças icônicas (ainda que seja magistral neste aspecto também). Disponível no HBO Max.

Elvis/EUA – 2022

Dirigido por: Baz Luhrmann

Com: Austin Butler, Tom Hanks, Olivia DeJonge, Alton Mason, Kodi Smit-McPhee…

Sinopse: A cinebiografia de Elvis Presley acompanhará décadas da vida do artista (Austin Butler) e sua ascensão à fama, a partir do relacionamento do cantor com seu controlador empresário “Coronel” Tom Parker (Tom Hanks). A história mergulha na dinâmica entre o cantor e seu empresário por mais de 20 anos em parceria, usando a paisagem dos EUA em constante evolução e a perda da inocência de Elvis ao longo dos anos como cantor. No meio de sua jornada e carreira, Elvis encontrará Priscilla Presley (Olivia DeJonge), fonte de sua inspiração e uma das pessoas mais importantes de sua vida.