Crítica: Jurassic Park (1993) – Especial Clássicos do Cinema
Dirigido por Steven Spielberg, filme é um feito tecnológico empolgante e memorável
Steven Spielberg durante os anos 80 mudou o cinema de aventura com filmes como “Indiana Jones”, “E.T” e “Contatos Imediatos de Terceiro Grau”. Mas quando se é gênio é gênio. Em 1993, o mesmo ano em que ele lança um drama denso, angustiante e inesquecível como “A Lista de Schindler”, Spielberg revoluciona o cinema de aventura mais uma vez com “Jurassic Park”. Além dos efeitos especiais atemporais (continuam exuberantes até hoje), o filme é Spielberg clássico em todos os sentidos, com muita tensão, aventura e uma trilha sonora inesquecível de John Williams. Depois disso, os dinossauros foram fincados para sempre no imaginário popular.
O filme possui alguns dos temas habituais da carreira de Spielberg: o drama familiar, o personagem com dificuldade em querer ser pai e as crianças como o olhar do novo diante de um mundo totalmente diferente. Adaptado do livro homônimo de Michael Crichton, o longa é feliz ao centralizar sua trama no essencial, e Spielberg é magistral em conseguir resumir uma ideia, e uma situação, sem torná-la arrastante ou maçante. Tudo tem objetivo e peso emocional em “Jurassic Park”. É um filme de “monstro” onde não apenas o espetáculo visual é importante, mas você se importa com os personagens e isto é primordial para tornar a ação muito mais tensa e eletrizante.
E quando lançado em 1993, Spielberg havia conseguido de novo. O renomado diretor, juntamente com uma equipe invejável de profissionais, revolucionou o cinema novamente. Quando “Jurassic Park” chegou às salas escuras, o mundo não estava preparado para o realismo dos dinossauros e os efeitos especiais que tornaram tudo assustadoramente real. A evolução do CGI mesclado com a competência de bonecos animatrônicos, fez do filme um marco na história da Sétima Arte, e até hoje, permanece como um dos trabalhos técnicos mais invejáveis da indústria.
“Jurassic Park” é uma experiência completa. Possui drama, suspense, comédia, terror, ação e aventura, e tudo em doses certas que favorecem a narrativa tornando-a dinâmica, objetiva, empolgante, e claro, memorável. Nem o próprio Spielberg conseguiu se superar quando retornou como diretor na continuação, “Jurassic Park: O Mundo Perdido” – um bom filme, mas nem chega aos pés do original. O mesmo vale para as continuações seguintes, tanto o terceiro filme dirigido por Joe Johnston quanto as sequências reboot/continuação de “Jurassc World”.
Se ainda não assistiu “Jurassic Park”, procure nas plataformas de streaming e conheça um dos maiores clássicos do cinema! Mais do que recomendado!
Jurassic Park/EUA – 1993
Dirigido por: Steven Spielberg
Com: Sam Neill, Laura Dern, Jeff Goldblum, Richard Attenborough…
Sinopse: Um parque construído por um milionário (Richard Attenborough) tem como habitantes dinossauros diversos, extintos a sessenta e cinco milhões de anos. Isto é possível por ter sido encontrado um inseto fossilizado, que tinha sugado sangue destes dinossauros, de onde pôde-se isolar o DNA, o código químico da vida, e, a partir deste ponto, recriá-los em laboratório. Mas, o que parecia ser um sonho se torna um pesadelo, quando a experiência sai do controle de seus criadores.