Crítica: Pantera Negra – Wakanda Para Sempre (2022)
Longa-metragem faz homenagem bonita para Chadwick Boseman, mas é inflado e longo pra caramba
Sem dúvida, “Pantera Negra: Wakanda Para Sempre” é um filme cheio de responsabilidades, principalmente ao lidar com a morte de seu protagonista Chadwick Boseman na vida real e em como inserir este fato dentro da narrativa. Diante disto, o filme acaba se tornando outro longa de origem. A origem do novo Pantera Negra dentro do MCU.
Na parte emocional, o diretor Ryan Coogler entrega com competência as homenagens esperadas e o respeito para com o legado de Boseman ao Universo Cinematográfico da Marvel. O filme respeita Boseman a todo instante, e o ator continua como parte central de todas as engrenagens que movem a história desta continuação.
Mas “Wakanda Para Sempre” quer ser muita coisa ao mesmo tempo. É um filme inflado com subtramas demais, coadjuvantes mal utilizados e cenas de ação pouco memoráveis (destaque para o fraquissimo clímax) – além do excesso de cenas anoite que prejudicam bastante a beleza e a visibilidade. É fraco e muito inferior ao primeiro filme.
Ao mesmo tempo em que o longa precisa apresentar o novo Pantera Negra e lidar com o luto de seus personagens, ele também introduz Namor (Tenoch Huerta) e seu povo, o governo norte-americano como vilão interessado no Vibranium de Wakanda, a jovem Riri Williams (Dominique Thorne) como uma garota gênio da tecnologia que está sendo procurada por uma invenção, e tudo colabora para um filme que fica arrastado e cansativo. São quase 3 horas que você sente o tempo passando.
E em minha opinião, o novo Pantera Negra não possui a mesma imponência e carisma do anterior. As responsabilidades do personagem deveriam ter ido para outra pessoa, e até mesmo dentro do próprio filme, para alguém realmente convincente como um guerreiro astuto e experiente. Há tantas mulheres fortes e com um histórico mais heroico do que a personagem escolhida, que a decisão final soa como uma oportunidade desperdiçada.
Enfim, “Pantera Negra: Wakanda Para Sempre” não é ruim e possui seus méritos, mas é um filme aquém do antecessor e outro exemplar blasé da Marvel Studios.
Black Panther: Wakanda Forever/EUA – 2022
Dirigido por: Ryan Coogler
Com: Letitia Wright, Lupita Nyong’o, Angela Basset, Danai Gurira, Winston Duke, Tenoch Huerta, Dominique Thorne…
Sinopse: Pantera Negra: Wakanda Para Sempre é a continuação do longa Pantera Negra, da Marvel, dirigido por Ryan Coogler e produzido por Kevin Feige. No filme, o mundo de Wakanda se expande. Após a morte do ator de T’Challa (Chadwick Boseman) o foco de Wakanda Para Sempre são os personagens em volta do Pantera Negra. Rainha Ramonda (Angela Bassett), Shuri (Letitia Wright), M’Baku (Winston Duke), Okoye (Danai Gurira) e as Dora Milage lutam para proteger a nação fragilizada de outros países após a morte de T’Challa. Enquanto o povo de Wakanda se esforça para continuar em frente neste novo capítulo, a família e amigos do falecido rei precisam se unir com a ajuda de Nakia (Lupita Nyong’o), integrante dos Cães de Guerra, e Everett Ross (Martin Freeman). Em meio a isso tudo, Wakanda ainda terá que aprender a conviver com a nação debaixo d’água, Atlantis, e seu rei Namor (Tenoch Huerta).