Crítica: Pesadelo nas Alturas | Amazon Prime

O enredo de “Pesadelo nas Alturas” aposta em uma situação que amo ver em filmes: centrar a história em um único cenário e trabalhar a tensão, e expectativas, do público dentro daquele ambiente. Os personagens precisam pensar, inventar e se virar nos trinta para conseguirem encontrar maneiras de resolver os inevitáveis revezes do momento. E não é tarefa fácil, tanto para os roteiristas quanto para o diretor em conseguir manter o interesse da plateia por mais de uma hora.

Dirigido por Mikael Marcimain e estrelado por Allison Williams (do ótimo “Corra!”) e Alexander Dreymon, “Pesadelo nas Alturas” se passa quase que totalmente dentro de um pequeno avião bimotor com ambos os protagonistas deixados sozinhos após o piloto sofrer um ataque cardíaco fulminante. O que fazer? Como levar o avião de volta para a costa sem gasolina o suficiente? Como pousar a aeronave?

“Pesadelo nas Alturas” engata alguns momentos com ritmo, não possui uma produção vergonhosa e é bem melhor do que aparenta – ainda que logo esquecível. Seu maior problema é a falta de criatividade e a previsibilidade do enredo com cada novo desafio que se apresenta para os personagens. Instigar, e não deixar o expectador perder o interesse, são essenciais em obras que se passam, praticamente, em um único ambiente. Infelizmente, não temos muito disso aqui.

Disponível no Amazon Prime Vídeo.

Horizon Line/EUA – 2020

Dirigido por: Mikael Marcimain

Com: Allison Williams, Alexander Dreymon, Keith David

Sinopse: Dois ex-amantes se encontram antes do casamento numa ilha tropical com seus amigos. Como os únicos passageiros de um avião monomotor sobrevoando as águas azuis do Oceano Índico, uma faísca logo reacende – mas quando o piloto sofre um ataque cardíaco, o casal precisa lutar por suas vidas para ficar no ar e encontrar seu caminho de volta à terra.