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Crítica: Pinóquio (2022) – Disney+

Longa-metragem já está disponível no Disney+

(Foto: Disney)

Somente nestes dois últimos anos tivemos 3 filmes lançados de “Pinóquio” e ainda temos mais uma versão da Netflix dirigida por Guillermo del Toro prevista para estrear até final do ano. Sem falar das inúmeras outras adaptações que tivemos ao longo das décadas! É uma história que o público já sabe decorada, mas nenhuma conseguiu ser tão marcante e visualmente inspiradora como a animação clássica da Disney lançada em 1940 – e que foi o segundo longa-metragem animado lançado por Walt Disney logo após “Branca de Neve e os Sete Anões” chutar o pau da barraca e mudou o cinema em 1937. 

Seguindo a moda dos remakes live-action das últimas décadas, eis que a Disney encomenda a adaptação de “Pinóquio” para o seu serviço de streaming Disney+, e chama Robert Zemeckis, diretor de “Forrest Gump”, “Náufrago” e “De Volta Para o Futuro”, para tocar o barco. Particularmente, quando vou assistir aos remakes live-action da Disney, espero certa fidelidade ao filme original justamente por existir aquela intenção de querer rever a história clássica da animação moldada com atores de verdade. “Cinderela”, “A Bela e a Fera”, “Dumbo” e até “O Rei Leão” seguem este caminho, e quando não acertam, os motivos são menos por causa da trama e mais por escolhas artísticas visuais que pouco casam com o material apresentado (em sua grande maioria, ao menos). 

Buscando fugir desta polêmicas, Zemeckis adota o visual idêntico da animação clássica e constrói seu filme todo em torno daquilo que já foi proposto por Walt Disney lá atrás. Particularmente, gostei de decisão. Mas, em contrapartida, “Pinóquio” é um filme problemático por ser apressado ao lidar com todas as adversidades do personagem principal, prejudicando a conexão emocional do público com o longa. O início com Gepeto (Tom Hanks) em sua casa terminando de construir o boneco é sutil, é delicado e funciona, mas após Pinóquio ganhar vida e sair pelo mundo, tudo se torna apressado e pouco sutil, com as coisas acontecendo sem respiro (ainda que o texto mantenha fidelidade considerável à animação, porém, sem o brilho e magia da mesma). 

E os efeitos especiais são, em sua maioria, estranhos e mal feitos, principalmente no terceiro ato. Tudo soa como um filme do Disney Channel de 2002, com nítidas telas verdes e situações mal renderizadas que imediatamente te tiram do filme. A sequência na Ilha do Prazer, por exemplo, possui a melhor exemplificação disto, com sobreposições de imagens claramente fakes e alguns personagens nitidamente filmados em uma luz diferente, e que não casam com a luz daquele ambiente em questão. E como se faz muito hoje em dia, tudo é digital, o que pode ser um problema quando não se tem um orçamento adequado para querer fazer tudo em CGI. O resultado? Bem, é o que temos neste “Pinóquio”.

Pinocchio/EUA – 2022

Dirigido por Robert Zemeckis

Com: Tom Hanks, Benjamin Evan Ainsworth, Joseph Gordon-Levitt, Cynthia Erivo…

Sinopse: Nova versão da história de Pinóquio. No longa dirigido por Robert Zemeckis, Gepeto (Tom Hanks), é um carpinteiro que constrói um boneco de madeira que se chama Pinóquio (Benjamin Evan Ainsworth). Gepeto trata o boneco como se fosse seu filho de verdade e devido ao seu amor genuíno pelo boneco, a Fada Azul (Cynthia Erivo) concede o desejo do carpinteiro de fazer com que Pinóquip fale, mas que não se transforme em um menino de verdade. Após ganhar vida, Pinóquio é instruído pelo Grilo Falante (Joseph Gordon-Levitt), atuando como “consciência” para o boneco que se mete em uma aventura. Em meio a sua jornada, Pinóquio conhece João Honesto (Keegan-Michael Key), Sofia a gaivota (Lorraine Bracco) e o Cocheiro (Luke Evans). 

Pinóquio - Filme 2022 - AdoroCinema