Crítica: Piratas do Caribe – O Baú da Morte (2006) – Especial PDC
Continuação expande universo da franquia com momentos inesquecíveis de ação e aventura
A Disney não esperava o sucesso do primeiro filme, portanto, não existia planos para uma sequência. Com a surpresa do retorno financeiro e de crítica de “A Maldição do Pérola Negra”, o diretor Gore Verbinski e os roteiristas Ted e Terry Rossio receberam sinal verde e voltaram ao trabalho para pensar em como continuar a história de “Piratas do Caribe”. Algo era certeza: precisava ter mais Jack Sparrow, já que o personagem reformulado por Johnny Depp roubou a cena e se tornou o protagonista absoluto.
“Piratas do Caribe: O Baú da Morte” pode não ser um filme previamente pensado com o lançamento do original, mas eles conseguiram continuar a história pegando trechos citados no primeiro longa, e criando uma expansão interessante não apenas de universo fantástico, como da história dos próprios personagens. Davy Jones (Bill Nighy) é uma adição singular e um feito grande para a indústria de efeitos visuais.
Após o sucesso da aventura anteior, Will Turner (Orlando Bloom) e Elizabeth Swann (Keira Knightley) são interrompidos em seu dia de casamento pela Companhia das Índias Orientais por terem ajudado o pirata Jack Sparrow. O comandante da companhia, Lord Cuttler Beckett (Tom Hollander) está em busca da bússola de Sparrow, um objeto místico que aponta para o que você mais deseja na vida.
A aventura, como toda boa história de piratas, é repleta de idas e vindas, e acordos, e traições, e interesses sendo moldados para culminar em um final apoteótico. O longa sofre da síndrome do ‘filme do meio’, e por isso, muitas coisas são apresentadas e deixadas sem resposta, tudo para ser resolvido no terceiro filme da trilogia. Mas ainda assim, “O Baú da Morte” entrega com maestria cenas de ação visualmente estupendas embaladas com a trilha sonora inesquecível de Hans Zimmer.
O exagero e a fantasia continuam funcionando muito bem, e o filme é criativo na concepção de mundos, monstros e em como mistura suas mitologias com entusiasmo e competência. A luta de espadas entre Jack, Will e Norrinton em cima de uma roda, ou na praia, é um dos pontos altos do longa, assim como o ataque memorável do Kraken.
Não é um filme tão redondo como o antecessor, e há sim momentos que se estendem além do necessário, mas no fringir dos ovos, é um filmaço de piratas e fantasia que entrega uma efervecente e empolgante experiência cinematográfica.
Pirates of the Caribbean: Dead Man’s Chest/EUA – 2006
Dirigido por: Gore Verbinski
Com: Johnny Depp, Orlando Bloom, Keira Knightley, Jack Davenport, Bill Nighy, Stellan Skarsgård, Tom Hollander…
Sinopse: Em Piratas do Caribe – O Baú da Morte, Elizabeth Swann (Keira Knightley), a filha do governador Weatherby (Jonathan Pryce), está prestes a se casar com o ferreiro Will Turner (Orlando Bloom). Porém o evento é atrapalhado pela ameaça de Davy Jones (Bill Nighy), o capitão do assombrado navio Flying Dutchman, que tem uma dívida de sangue com o capitão Jack Sparrow (Johnny Depp), amigo do casal. Temendo ser amaldiçoado a uma vida após a morte como escravo de Jones, Sparrow precisa encontrar o misterioso baú da morte para escapar da ameaça.