Em “Let Me Be Frank”, que pode significar tanto me deixe ser o Frank como me deixe ser franco, Spacey incorpora o papel do inescrupuloso político que interpretou.
“Claro, eles tentaram nos separar, mas o que temos é tão forte, tão poderoso. Afinas de contas, dividimos tudo, eu e você. Contei a você meus mais profundos e obscuros segredos. Mostrei de que exatamente as pessoas são capazes. Choquei você com minha honestidade, mas, principalmente, eu mudei você, fiz você pensar. E você confiou em mim, mesmo sabendo que não deveria. Então, ainda não terminamos, não importa o que digam. Além do mais, sei o que você quer. Você me quer de volta.”
Assista ao vídeo de Kevin Spacey revivendo Frank Underwood:
Spacey perdeu o papel de protagonista na produção da Netflix após múltiplas denúncias de abuso pouco depois do escândalo com o produtor Harvey Weinstein -e também foi removido do filme “Todo o Dinheiro do Mundo”.
O vídeo “Let Me Be Frank” veio na sequência da notícia de que ele será indiciado por agressão sexual em Cape Cod and the Islands, no estado americano de Massachusetts, em 7 de janeiro. A vítima seria um rapaz de de 18 anos.
O ator ainda é acusado por mais de dez homens. Uma investigação contra ele também foi aberta em Londres.
Ele engrossa a ampla lista de homens na indústria do entretenimento e na política que foram acusados de condutas sexuais inapropriadas, parcialmente como resultado do movimento #MeToo nas redes sociais.
Sob pressão, a Netflix decidiu matar o ator na trama. “Você nunca me viu morrer de fato, viu?”, questiona Spacey no vídeo. Na sequência, ele coloca um anel parecido com o do personagem Frank Underwood.
“Conclusões podem ser tão enganadoras… Sente minha falta?”, pergunta o ator, antes de encerrar a gravação.
Segundo a revista The Hollywood Reporter, a Netflix não quis comentar o vídeo.