BYE

‘Deu-se! Ufa’, diz Regina Duarte após exoneração da Secretaria Especial da Cultura

Atriz sinalizou alívio com o fim da passagem pelo órgão em uma mensagem publicada nas redes sociais. Regina assumiu cinemateca

Regina Duarte (Foto: Reprodução)

Se do início do namoro de Regina Duarte com o governo de Jair Bolsonaro até o “sim” definitivo para assumir a Secretaria Especial da Cultura se passou um mês, o fim desse casamento turbulento se arrastou ao longo das últimas três semanas. Com a exoneração da atriz publicada no Diario Oficial da União desta quarta-feria, o papel dela como secretária ganha um ponto final.

E ela sinalizou alívio com o fim de sua passagem pelo órgão em uma mensagem publicada nas redes sociais: “Deu-se! Ufa”, postou a atriz, junto com uma reprodução do decreto de sua exoneração.

Ao longo de dois meses e meio em que foi secretária especial da Cultura, Regina Duarte oscilou entre a coadjuvante apagada e a mocinha perseguida. Isso até assumir o papel de vilã ao defender a ditadura militar em recente entrevista à CNN Brasil.

Há três semanas, encerrando um período de fritura dentro do governo, tentou um “final feliz”. Regina Duarte surgiu sorridente ao lado do presidente Jair Bolsonaro, comemorando sua saída de Brasília para assumir uma Cinemateca Brasileira em crise.

Durante sua passagem no governo, Regina não assinou nenhum despacho da pasta da Cultura. As únicas medidas articuladas por sua equipe foram portarias que flexibilizaram as regras da Lei Rouanet para projetos atingidos pela crise da pandemia da Covid-19.

A primeira saia-justa de Regina Duarte no governo veio já na cerimônia de posse, no dia 4 de março. Ao discursar, ela tentou arrancar do presidente uma confirmação de que teria autonomia para trabalhar, como ele lhe prometera ao chamá-la para o cargo.

Porém,acabou ouvindo do chefe que a tal “carta branca” prometida para montar sua equipe não seria bem do jeito que ela imaginava.

Logo na sequência, Duarte já virou alvo de militantes bolsonaristas nas redes sociais, após demitir uma série de nomeados por Roberto Alvim, exonerado por plagiar um discurso do ministro da propaganda nazista, Joseph Goebbels.

Entre os afastados pela atriz estavam integrantes da ala ideológica do governo seguidores do escritor Olavo de Carvalho. Um deles o maestro Dante Mantovani, então presidente da Funarte.

Relembre outras polêmicas de Regina Duarte na Secretaria Especial da Cultura