Digital já representa 98% do consumo de música no Brasil, diz estudo
O faturamento desse setor em 2018, ainda de acordo com a pesquisa, chegou a US$ 216 milhões (R$ 832 milhões)
As vendas de música em formato digital, seja em streaming ou via download, já representam 98% do faturamento do segmento no Brasil, mostra um balanço do setor fonográfico divulgado na manhã desta Pró-Música, associação de produtores nacionais.
O faturamento desse setor em 2018, ainda de acordo com a pesquisa, chegou a US$ 216 milhões (R$ 832 milhões). O bom desempenho ajuda o mercado fonográfico do país na sua recuperação, depois que enfrentar uma década de encolhimento, até 2015.
Se considerarmos o total do segmento, que além do consumo inclui ainda o recolhimento de direitos autorais com apresentações públicas, o cinema e a publicidade, a música digital representa 72% do mercado brasileiro.
Levando em conta apenas as vendas físicas e digitais de música, o mercado fonográfico brasileiro cresceu 30%. Se considerarmos o total, a alta é de 15% em relação a 2017, número acima da média mundial (10%).
A pesquisa não diz, contudo, se esse crescimento do conteúdo digital é suficiente para reverter a queda de arrecadação com execuções públicas pelos artistas, que recuou 12% no ano passado, atingindo US$ 77 milhões (R$ 296 milhões).
O Brasil é o décimo maior mercado global de música.
Junto a esse levantamento, é divulgado o relatório global da IFPI (International Federation of Phonographic Industry). E lá fora a alta do faturamento com streaming pago (33%) e do streaming em geral (34%) também gerou um crescimento do mercado total. O número de assinantes de serviços do tipo subiu 45%, para 255 milhões de pessoas. A audição de música sob demanda já representa quase metade da receita do mercado mundial.
Os serviços sob demanda, como era esperado, não contribuem para a queda das vendas de música em mídias físicas, que encolheram 10% em 2018. Os downloads também estão em baixa (-21%).