DIGO: festival internacional de cinema sobre diversidade chega à sua 3ª edição com 36 filmes na mostra competitiva
Será realizado entre os dias 7 e 13 de junho a 3ª edição do DIGO…
Será realizado entre os dias 7 e 13 de junho a 3ª edição do DIGO – Festival Internacional da Diversidade Sexual e de Gênero de Goiás nos Cinemas Lumière do Banana Shopping, no Centro e também no Teatro Sonhus, no Lyceu de Goiânia. A entrada para todas as sessões é gratuita.
Foram mais de 600 filmes inscritos na mostra sendo que 36 compõem as mostras competitivas internacionais e goiana, além de mesas, oficinas e palestras. Fora os filmes, os interessados poderão participar de uma oficina de como rodar um curta-metragem ou senão uma oficina de Drag Queen.
Nas mesas redondas, a programação terá bate-papo sobre empregabilidade LGBT+ com presença de Tiago Ranieri, procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho em Goiás (MPT-GO), Ricardo Gomes, presidente da Câmara de Comércio e Turismo LGBT do Brasil e doutora Eliane Rocha – Comissão de Direito Homoafetiva do IBDFAM – Instituto Brasileiro de Direito de Família.
Outra mesa abordará os direitos LGBTs, com presença de Rogério Gomes de Mesquita Almeida, Presidente Comissão de Diversidade Sexual da OAB-Goiás (CDS), Fernanda Fernandes, Defensora Pública do Estado de Goiás (DPE-GO), Victor Hipólito Assessor de políticas públicas LGBT da prefeitura de Goiânia.
Já as palestras abordarão temas como LGBTfobia e o projeto de empregabilidade trans do MPT-GO. Além das mostras competitivas, a programação inclui mostra de filmes goianos e as mostras paralelas. No total são 61 filmes, grande parte inéditos em Goiânia.
E todo ano também tem um filme produzido na oficina durante o próprio festival e que é exibido no final. O curador e organizador geral do evento, Cristiano Sousa, conta que realizar o evento é sempre uma luta, mesmo para encontrar parceiros. “Enfrentamos muita resistência ainda”, conta ele, “queremos provar que é um evento para todo mundo e vamos aproveitar este espaço ao máximo para o público do Banana Shopping e para o público que vai ao cinema”.
“Vamos iluminar o prédio todo com as cores do arco-íris pra mostrar que temos visibilidade: não é coisa de gueto nem bagunça como esses lugares que dizem ao projeto acreditam”, continua o organizador, “é muita luta. Fazemos outros festivais e não encontramos essa resistência. Nós conseguimos as leis de incentivo e tem grandes empresas aí que não fazem parceria porque consideram o assunto da diversidade uma pauta polêmica”.
O organizador também comentou a participação dos cineastas goianos que participam do festival. Este ano, a maior parte dos selecionados são produções do interior, de cidades como Anicuns, Águas Lindas e Cidade de Goiás, com apenas dois filmes de Goiânia. “Existe uma produção, o DIGO incentiva muito. Ela ainda é inicial, cheia de acertos e de erros, mas temos orgulho pelas pessoas sem interessarem a fazer algo para o festival”, conta Sousa.
A mostra competitiva não tem prêmio em dinheiro, mas em circulação, além, é claro, de um troféu. “Nós distribuímos os filmes vencedores em outros festivais internacionais, então os cineastas têm essa distribuição a ganhar, a garantia de que seus filmes serão exibidos em Portugal, Argentina e em outros locais”, conta Sousa, mas os planos para uma premiação em dinheiro existem: “o festival ainda é feito com muita luta, muita dificuldade, mas quem sabe quando ele ganhar mais força”. Confira a programação completa pelo site: digofestival.com.br.