Documentário sobre prisão de Caetano Veloso é selecionado para Festival de Veneza
No documentário, músico relembra como ele e Gilberto Gil foram retirados de suas casas poucos dias depois de o AI-5 ser decretado
O documentário nacional “Narciso em Férias”, sobre o músico Caetano Veloso, foi selecionado para a 77ª edição do Festival de Veneza, um dos principais eventos de cinema do mundo e um dos primeiros que devem ocorrer presencialmente desde o início da pandemia de coronavírus.
Com direção de Renato Terra, colunista da Folha, e Ricardo Calil, o longa fala sobre a prisão de Caetano Veloso em 1968, durante a ditadura militar. O músico relembra como ele e Gilberto Gil foram retirados de suas casas em São Paulo poucos dias depois de o AI-5 ser decretado, sem receberem explicações, e fala sobre os 54 dias que permaneceu encarcerado.
“Narciso em Férias” participa da seção fora de competição do Festival de Veneza e, portanto, não concorre ao Leão de Ouro. Ele é o único título brasileiro na lista do evento. A produção do filme é de Paula Lavigne e da VideoFilmes, de Walter Salles e João Moreira Salles.
O Festival de Veneza está marcado para acontecer entre os dias 2 e 12 de setembro, na Itália. Presidido pela atriz Cate Blanchett, o júri é composto pelos cineastas Christian Petzold, Cristi Puiu, Joanna Hogg e Veronika Franz, pela atriz Ludivine Sagnier e pelo escritor Nicola Lagioia.
Além de “Narciso em Férias”, sobre o músico Caetano Veloso, confira a seleção de 18 filmes que concorrem ao Leão de Ouro na próxima edição do Festival de Veneza:
“In Between Dying”, de Hilal Baydarov
“Le Sorelle Macaluso”, de Emma Dante
“The World to Come”, de Mona Fastvold
“Nuevo Orden”, de Michel Franco
“Amants”, de Nicole Garcia
“Laila in Haifa”, de Amos Gitai
“Und Morgen Die Ganze Welt”, de Julia von Heinz
“Cari Compagni”, de Andrei Konchalovsky
“La Moglie della Spia”, de Kiyoshi Kurosawa
“Khorshid”, de Majid Majidi “Pieces of a Woman”, de Kornél Mundruczó
“Miss Marx”, de Susanna Nicchiarelli
“Padrenostro”, de Claudio Noce
“Notturno”, de Gianfranco Rosi
“Non Cadrà Più la Neve”, de Malgorzata Szumowska e Michal Englert
“The Disciple”, de Chaitanya Tamhane
“Quo Vadis, Aida?”, de Jasmila Zbanic
“Nomadland”, de Chloé Zhao
Sem receber explicações, Caetano e Gil foram deixados em duas solitárias por uma semana e depois transferidos para celas. A censura impediu os jornais de divulgarem suas prisões. Cinquenta e dois anos depois, Caetano relata o período mais duro de sua vidahttps://t.co/FjStImFnLG
— Renato Terra (@terra30) July 28, 2020
Toda vez que Caetano Veloso faz malcriação, Paula Lavigne deixa ele sentado no cantinho “para refletir” (1941) pic.twitter.com/lI7OZK5A3J
— MarchaDaHistória (@MarchaHist) July 28, 2020
https://www.emaisgoias.com.br/com-aviso-caetano-lembra-meme-faz-sete-anos-que-estacionei-no-leblon/