XÔ DEMÔNIO

Edir Macedo move ação contra Netflix para ser excluído de documentário sobre possessão

Dono da Record e líder da Igreja Universal diz que produção é sensacionalista

Edir Macedo move ação contra Netflix para ser excluído de documentário sobre possessão Dono da Record e líder da Igreja Universal

O bispo Edir Macedo, fundador da Igreja Universal do Reino de Deus e dono da Record, entrou com uma ação na Justiça exigindo que Netflix apague suas imagens do documentário sobre possessão “O Diabo no Tribunal“. Lançado no ano passado, a produção trata de um julgamento ocorrido nos Estados Unidos.

Nele, é afirmado que uma “possessão demoníaca” foi usada oficialmente como argumento de defesa em um caso de assassinato, o que não foi aceito pela Justiça local para inocentar a situação.

Edir disse que a produção, “claramente sensacionalista”, veiculou por duas vezes sua imagem, em “sessões de libertação”, sendo que os fatos narrados no documentário são relativos a denominações religiosas que não têm relação alguma com a Universal.

As imagens, de acordo com o processo, foram captadas em reuniões nos quais fiéis da Universal buscam “se libertar de males espirituais”. O bispo Renato Cardoso, cunhado de Edir Macedo e apresentador do programa The Love School, da Record, e que também aparece no filme, é coautor da ação contra a Netflix.

“As imagens pessoais foram incluídas no filme sem a devida autorização no âmbito de um entretenimento claramente sensacionalista e de temática perturbadora, qual seja, uma possessão demoníaca e um posterior assassinato brutal”, afirmaram os bispos na ação.

Caso seja impossível tecnicamente excluir as imagens, eles pedem que seus rostos sejam desfocados de modo que espectadores não consigam identificá-los.

Na defesa apresentada à Justiça, a Netflix afirmou que o documentário sobre possessão tem caráter biográfico e informativo e que as imagens dos bispos são utilizadas dentro do contexto geral da obra, a fim de ilustrar o embate de clérigos com fiéis “possuídos”.

A empresa de streaming diz no processo que não houve ilícito algum e que a produção não estabelece vínculo algum entre a Igreja Universal e os episódios que cercam o crime.

Por fim, a defesa da empresa americana relatou que os rostos dos bispos não são exibidos de forma clara, não sendo possível identificá-los. A ação deve ser julgada nas próximas semanas.

*Via F5