Ex-integrante do Kid Abelha diz que separação da banda foi motivada por empresário
O Kid Abelha é rodeado por outra polêmica de bastidores: a suposta briga entre Paula Toller e o cantor Leoni
Uma live transmitida no último domingo (12) no canal de YouTube da TV Maldita movimentou os fãs do Kid Abelha, famoso grupo musical com Paula Toller nos vocais. Três ex-integrantes da banda -Kadu Menezes, Claudio Infante e Adal Fonsecamais- comentaram a trajetória de sucesso e a separação da banda em 2016.
O determinante para o fim da banda que marcou os anos 1980 e 1990 foi o projeto de carreira solo para a cantora Paula Toller. “Ela vai ser diva, o Kid Abelha vai ser os outros dois caras e a banda vai ser a banda, cada um no seu patamar. Tenho certeza que começou a degringolar por aí”, contou Kadu Menezes.
O músico, que ficou 16 anos com o Kid Abelha, disse que a idealização de carreira solo foi motivada, especialmente, por um empresário. Segundo ele, o administrador da carreira do Kid Abelha achava que a vocalista precisava se tornar uma “diva da música brasileira”.
“É aquela velha história do empresário. Tem empresário que visualiza no seu artista a possibilidade de ele ser uma coisa maior do que ele é. Vou ser sincero, não adianta falar para Paula que ela vai ser a diva da música brasileira. Ela é maravilhosa, é uma supercantora, tem muitos méritos, mas não adianta”, afirmou Menezes.
Kadu Menezes, que ingressou no Kid Abelha em 1991, também relatou lembranças de quando começou a sentir diferença no tratamento com o restante da banda.
“Quando eu entrei, todo mundo andava na mesma van, todo mundo tomava café da manhã junto no hotel. Tempos depois, começaram a separar os músicos do restante do Kid, separar os músicos da equipe técnica. No próprio Kid, começaram a separar a Paula. Ela tinha o carro só dela”, contou.
Formada inicialmente por Paula Toller, Leoni, George Israel e Bruno Fortunato, o Kid Abelha também é rodeado por outra polêmica de bastidores: a suposta briga entre Toller e Leoni, que deixou a banda em 1986, após não ser chamado ao palco durante um festival de música no Estádio de Remo da Lagoa.
“Eu presenciei, cheguei alguns minutos depois da famosa pandeirada. A Paula tinha um pandeiro que ela usava nos shows. Na hora da confusão, ela jogou. Era para acertar em não sei quem e acabou acertando o Leoni. Virou uma história do rock”, completou Menezes.
Já Claudio Infante, baterista oficial do Kid Abelha na ocasião, não presenciou a confusão. “Depois do show, todo mundo ia jantar junto. Fui na frente para segurar a mesa, mas ninguém apareceu. No dia seguinte, vi a foto do Leoni no jornal com o machucado na cabeça”.
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