Exame toxicológico de Liam Payne indica presença de ‘cocaína rosa’
Cocaína rosa encontrada no corpo de Payne é uma droga sintética que mistura cetamina, ecstasy, cafeína e eventualmente cocaína
Os exames toxicológicos feitos no cantor Liam Payne, que morreu na última quarta-feira (16), indicaram a presença de uma droga apelidada de ‘cocaína rosa’ no corpo do ex-integrante da banda One Direction, que caiu do terceiro andar de um hotel em Buenos Aires (na Argentina). A informação é da rede de TV norte-americana ABC.
A cocaína rosa, também conhecida como 2-CB, Pink Powder ou ‘Tuci’ (livre adaptação da pronúncia em inglês Two-C), é uma droga sintética produzida pela mistura de cetamina (um anestésico), ecstasy, cafeína e metanfetamina. Há variações da droga em que também são usados cocaína, benzodiazepina e crack na formulação.
A cor rosa deriva da adição de um corante para tornar o entorpecente mais atraente. Ele causa forte sensação de despersonalização, ou seja: a pessoa sente que existe uma desconexão com o próprio corpo e pensamentos. Provoca também distorções da realidade e euforia e outros sentimentos do gênero.
Quando tem a adição de cocaína, a 2-CB fica consideravelmente mais cara, e por isso ela é mais usada por pessoas com maior poder aquisitivo. O mais grave da droga é que o usuário, em quase todas as vezes, sequer sabe o que está colocando dentro do organismo.
Em texto divulgado pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF) em abril do ano passado, o professor José Roberto Santin, doutor em toxicologia, explicou que o efeito estimulante e as alucinações provocadas pela cocaína rosa são decorrentes da presença de metanfetamina e ou do LSD. “O usuário está sujeito a ver e fazer coisas extremas, sem noção exata da realidade ao seu redor”, disse.