Famosos se posicionam sobre PL do aborto; saiba quem é a favor e contra
Projeto que está em tramitação na Câmara equipara o aborto, após a 22ª semana de gestação, ao crime de homicídio
A tramitação do projeto de lei (PL) que equipara o aborto após a 22ª semana de gestação ao crime de homicídio, mesmo em casos de estupro, tem gerado debates intensos nas redes sociais e mobilizado diversas celebridades. Diversos artistas já deram suas opiniões sobre a questão, como Pqulo Vieira, Débora Bloch, Ana Paula Padrão, entre outros.
O ator Paulo Vieira criticou o projeto, chamando-o de “desgraça”. A atriz Débora Bloch utilizou o Instagram para afirmar que, se o PL for aprovado, crianças abusadas sexualmente perderão o direito ao aborto legal após 22 semanas de gestação, caracterizando o projeto como um incentivo ao estupro. “Este projeto de lei nada mais é do que um incentivo ao estupro”, publicou.
A jornalista Ana Paula Padrão destacou que mais de 75 mil mulheres são estupradas anualmente no Brasil, sendo a maioria crianças, e que o contexto de violência dificulta denúncias e procedimentos de apoio. Segundo ela, o PL 1904 tornará essas meninas consideradas homicidas, algo que o país não comporta.
A atriz Paolla Oliveira compartilhou uma charge crítica e questionou se a vida de uma criança ou mulher vale menos do que a de um estuprador. Oliveira argumentou que cerca de 60 mil casos de estupros de vulneráveis ocorrem anualmente no Brasil, e que o projeto pode prender vítimas de estupro por até 20 anos se optarem por interromper a gravidez.
Luana Piovani compartilhou uma publicação que argumenta que o projeto levará à criminalização da interrupção de gravidez resultante de violência. Samara Felippo, também contrária ao projeto, afirmou que ele pode “ceifar” a infância de menores que engravidam após violência sexual e classificou a medida como “absurda” e “cruel”.
Em contrapartida, a atriz Cássia Kiss defendeu a proposta em um vídeo para o Centro Dom Bosco, argumentando que um bebê no ventre da mãe sofre dor comparável a um infarto fulminante ao receber uma injeção de cloreto de potássio. O ator Juliano Cazarré também se manifestou a favor do projeto, argumentando que após 22 semanas o feto pode viver fora do útero e sugerindo que bebês indesejados sejam entregues para adoção.
Com informações do O Globo.