Globo condenada em ação judicial após demitir autor de novelas

Euclydes Marinho, autor de novelas com longa trajetória na Globo, obteve uma vitória significativa em sua ação contra a emissora carioca. Ele receberá aproximadamente R$ 3,5 milhões em danos morais e verbas rescisórias não pagas.

De acordo com informações do jornal Folha de S. Paulo, a sentença inicial da ação favoreceu a Globo em primeira instância, mas Euclydes Marinho conseguiu reverter essa decisão no Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro, obtendo unanimidade em apoio aos seus argumentos.

Além das verbas rescisórias, Euclydes Marinho também buscou uma indenização devido à sua impossibilidade de participar de outros projetos fora da Globo, como no teatro e cinema. Isso ocorreu devido ao contrato de exclusividade que manteve com o canal, que se estendeu de 1979 a 2020.

A sentença em segunda instância não apenas determina que a Globo pague os valores devidos, mas também as custas processuais, estimadas em R$ 30 mil. O montante milionário da condenação reflete a gravidade do caso. Entretanto, a emissora ainda tem o direito de recorrer da decisão, apesar da vitória do autor.

Ao longo de sua carreira na Globo, Euclydes Marinho foi o responsável por várias produções notáveis, incluindo novelas de sucesso como “Mico Preto” (1990), “Andando nas Nuvens” (1999), “Desejos de Mulher” (2002), e séries de destaque como “Capitu” (2008), “O Brado Retumbante” (2012) e “Felizes para Sempre?” (2015).