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Globoplay estreia novela ‘Roque Santeiro’ em junho

A novela ‘Roque Santeiro‘ (1985), uma das maiores audiências da TV Globo, estreia no catálogo…

A novelaRoque Santeiro‘ (1985), uma das maiores audiências da TV Globo, estreia no catálogo Globoplay no dia 21 de junho. A plataforma fez o anúncio no Twitter com uma imagem borrada do personagem Sinhozinho Malta chacoalhando as famosas pulseiras de ouro e pedindo para os internautas descobrirem o nome da novela pelo som.

A novela, escrita por Dias Gomes, é uma sátira à exploração política e comercial da fé popular. Ela mostra a cidade fictícia de Asa Branca onde os moradores vivem em função dos supostos milagres de Roque Santeiro (José Wilker).

Roque Santeiro era um coroinha e artesão de santos de barro que teria morrido como mártir ao defender a cidade do bandido Navalhada (Oswaldo Loureiro). Mas o falso santo reaparece vivo 17 anos depois e ameaçando o poder e a riqueza das autoridades locais.

O retorno do falso santo ameaça a vários moradores da cidade, como a falsa viúva Porcina (Regina Duarte), que nunca o conheceu. Ela espalhou a mentira de que havia se casado com o santeiro e acabou se transformando em patrimônio da cidade.

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A viúva Porcina é na verdade a amante do temido fazendeiro Sinhozinho Malta (Lima Duarte). Ele é famoso pelo cacoete de balançar as pulseiras de ouro quando está nervoso e de dizer o bordão: “Tô certo ou tô errado”, que até hoje faz parte do imaginário de quem assistiu a novela.

A volta de Roque Santeiro também prejudica o conservador padre Hipólito (Paulo Gracindo), o prefeito Florindo Abelha (Ary Fontoura), o comerciante Zé das Medalhas (Armando Bógus), principal explorador da imagem do santo.

A novela estreou em 1985 em horário nobre, atingiu picos de até cem pontos de audiência e moveu paixões como se fosse uma final de Copa do Mundo. Mas, para chegar ao ar, a história sofreu um caminho de censura que durou 20 anos e chegou a ser tirada da grade da emissora um dia antes de estrear.

A novela de Dias Gomes foi alvo de censura em três momentos: 1965 (com o veto à peça original), 1975 (quando foi impedida de estrear na Globo) e ainda em 1985, já no governo Sarney, quando foi ao ar com cortes.