estrela

Glória Maria ganhou beijo de Michael Jackson e presentou Madonna: “Ela foi de uma simpatia”; vídeo

A jornalista, que enfrentou perrengue com a cantora pop, também conversou com Leonardo Di Caprio, Harrison Ford, Nicole Kidman e Freddie Mercury

Glória Maria, que morreu nesta quinta-feira (2), aos 73 anos, deixa para a televisão um legado extenso e estrelado. Além das reportagens feitas em viagens pelo mundo, a jornalista se notabilizou pelas entrevistas com grandes artistas nacionais e internacionais. Em 2006 a apresentadora presentou Madonna em um bate-papo que começou tenso. Em 1996, ela ganhou um beijo de Michael Jackson no Rio de Janeiro. Já Freddie Mercury não foi tão simpático com a jornalista, em uma conversa no terraço do Copacabana Palace em 1985. Relembre:

Um colar para a leonina vaidosa

Madonna nunca foi conhecida por ser uma simpatia de pessoa, é verdade. Uma das entrevistas mais comentadas da cantora aqui no Brasil é aquela desconcertante com Marília Gabriela, que rendeu o fatídico “Madonna ao quadrado” [assista aqui]. Talvez por isso, quando foi entrevistar a rainha do pop, Glória Maria afirmou que estava nervosa.

Glória contou que, pouco antes do papo, foi avisada de que só teria quatro minutos com a artista. Ao encontrar Madonna, ela já foi logo abrindo o jogo: “Eu tenho quatro minutos, vou errar no inglês, estou assustada, acho que já perdi os quatro minutos”, disse. A cantora, contrariando as expectativas, abriu um sorriso e foi só gentileza, dando a Glória Maria o tempo que ela precisasse.

“Diziam que a Madonna era difícil. Foi antipaticíssima com a Marília Gabriela e debochou do seu inglês”, disse a jornalista. Após a entrevista, Glória presenteou a artista com um colar que Madonna decidiu usar na hora.

“Quando cheguei para falar com ela, estava com minha pedra [colar], e ela olhou direto. Aí fiz a entrevista toda, quando acabou eu peguei o pacote de presente e todo mundo olhou pra minha cara. Falei ‘faço aniversário dia 15 de agosto, você dia 16. Como somos do mesmo signo resolvi te trazer um presente’. Para minha surpresa, ela abriu e colocou na mesma hora”, disse.

Da rainha pro rei

Além da rainha do pop, Glória Maria tem no currículo um bate-papo com Michael Jackson. Em 1996, o rei falou com a jornalista no topo do Morro Dona Marta, comunidade da zona sul do Rio de Janeiro. Michael disse que amava o Brasil e, logo depois, deu um beijo na jornalista. A conversa foi breve, mas a marcou profundamente.

“Ele quis saber quem eu era, por que eu tinha ficado conhecida no Brasil, por que as pessoas gostavam de mim. Expliquei que era uma das únicas negras que trabalhava na televisão brasileira há muito tempo”, disse ela à Globo News. “Ele ficou encantado”.

Glória Maria fala francamente sobre Michael Jackson - Globo News

Uma música pros gays

Em 1985, a jornalista entrevistou Freddie Mercury, que era o vocalista da banda Queen e tinha vindo ao Brasil para se apresentar na primeira edição do Rock In Rio.

Na conversa, feita no terraço do Copacabana Palace, Freddie parecia estar um pouco impaciente com a jovem Glória Maria. “É verdade que a música ‘I want to break free’ é dedicada à comunidade gay?”, pergunta ela. O músico responde que não e que ele nem é autor da música. “Não sei de onde você tirou essa ideia, não tem nada a ver com os gays”, diz.

Depois da resposta, Glória repete a pergunta, mas dessa vez, em português. Mas Mercury não gostou: “Eu já falei disso. Viu? Estou te ajudando. Próxima pergunta.” Em seguida, a jornalista pergunta sobre a relação com os colegas, chamando o cantor de “líder do Queen”. Ele a interrompe e diz que não lidera a banda, sendo só o cantor.

Gloria Maria vs Freddie Mercury - 1985 - Rock in Rio Bastidores

A lista de entrevistas marcantes não para por aí. A jornalista também conversou com Leonardo Di Caprio, Harrison Ford, Nicole Kidman e viajou com o escritor Paulo Coelho pela ferrovia transiberiana até Moscou. Na década de 1980, Glória também entrevistou Mick Jagger, quando o cantor lançou “She’s the Boss”, seu primeiro álbum solo.

• Glória Maria desejava manter mistério sobre idade após a morte: “virou folclore”