Cinema

Grupo de libaneses quer boicotar Mulher-Maravilha no país

O motivo seria sua atriz principal, Gal Gadot, que é israelense

Desde a sua fundação, Israel não é um país querido por seus vizinhos e vive em constante estado de guerra com eles. Muitos destes vizinhos, inclusive, não reconhecem Israel como estado.

Não é de se surpreender, então, que um pequeno grupo de libaneses está fazendo uma campanha para boicotar Mulher-Maravilha por lá. Líbano e Israel possuem uma história conturbada e deveras sangrenta e o motivo do boicote seria Gal Gadot: a atriz que dá vida à Diana Prince é israelense.

Segundo a Vanity Fair, a ameaça de boicote naturalmente não chega a preocupar a Warner já que o Líbano é um mercado bem pequeno, mas conta como mais um controvérsia para o filme que precisa ser um sucesso.

Mas o problema vai mais fundo, tanto tecnicamente quanto pessoalmente. Em primeiro lugar, existe uma leia libanesa que proíbe a entrada de produtos de origem israelense no país, já que ambas as nações estão, tecnicamente, em guerra desde o final dos anos 1940. Embora o filme seja americano, eles argumentam que a presença de Gadot no elenco justifica o boicote.

O outro problema é pessoal: Gadot estava servindo no exército israelense em 2006 no último grande conflito entre os dois países. Na época, Israel bombardeou e invadiu o sul do Líbano para combater o Hezbollah, com pesadas baixas civis do lado libanês. Além disso, em 2014 a atriz apoiou Israel quando novos conflitos explodiram na Faixa de Gaza.

Apesar da nacionalidade e visão política de Gadot, vale lembrar que o filme está com 96% no Rotten Tomatoes e com críticas maravilhosas. Se a bilheteria acompanhar os críticos, o sucesso é praticamente garantido.

Mulher-Maravilha estreia amanhã (1º) no Brasil.