Argentina

Hilda Furacão morre na Argentina

Hilda Furacão foi eternizada em livro de Roberto Drummond e minissérie.


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Hilda Maia Valentim, conhecida como Hilda Furacão, morreu na manhã desta segunda-feira (29/12) no asilo Guillermo Rawson, em Buenos Aires, na Argentina.

Nascida no Recife, Hilda Valentim foi famosa na Belo Horizonte da década de 1950, época em que vivia da prostituição. fez história na Zona Boêmia de Belo Horizonte, fazendo ponto no Maravilhoso Hotel da Rua Guaicurus, e ganhou notoriedade na obra de Roberto Drummond com a obra que levava sua alcunha como título.

Viúva de Paulo Valentim, ex-jogador do Boca Juniors, desde 1984, Hilda morava com um filho, até que ele morreu no ano passado. A idosa ficou internada seis meses em um hospital público de Buenos Aires após sofrer uma queda. Logo após, foi encaminhada para um asilo da prefeitura.

Segundo os médicos, Hilda agonizava há cerca de 10 dias e já não comia. A direção do asilo, que trata essa morte como a de uma celebridade. Hilda Valentim morreu sozinha. Sua única companhia eram os outros idosos que também eram moradores do mesmo asilo.

O sepultamento acontecerá no Cemitério de Chacaritas, em Buenos Aires, onde também foi sepultado Paulo Valentim, cujos ossos já foram retirados.

Publicado em 1991, o romance ‘Hilda Furacão’, de Roberto Drummond, inspirou a criação de uma minissérie com o mesmo nome, adaptada para a televisão por Glória Perez em 1998.

Na trama, Hilda é descrita como uma jovem linda e da alta sociedade mineira que larga a família e se transforma em uma das mais famosas prostitutas de Belo Horizonte na década de 1950. A rainha da zona boêmia deixava os homens loucos, entre eles, até um frei dominicano, papel de Rodrigo Santoro.