POLÊMICA

Internautas acusam Anitta de assédio moral após vídeo falando com funcionários

"Toda vez vocês falam que eu sou escrota, então eu sou mesmo, eu sou a put* que o pariu e o cara*** de asa" disse a funkeira

(Foto: Reprodução)

A série documental “Anitta: Made In Honório“, que contra a trajetória da funkeira, mal estreou na Netflix e vários telespectadores estão usando as redes sociais para comentá-la. Desta vez, internautas acusaram a cantora de assédio moral.

Em uma cena específica da produção, a carioca grita e fala diversos palavrões para os funcionários responsáveis pelo figurino que seria usado no show dela no Rock in Rio.

“Eu que enfio uma tora no meu c* e tenho que fazer tudo sozinha. Agora eu quero falar para vocês que eu vou enfiar no de vocês. Porque toda vez vocês falam que eu sou grossa, que eu sou escrota, então eu sou mesmo, eu sou a put* que o pariu e o cara*** de asa porque vocês não deixam eu fazer as coisas sozinha, tem que ser do jeito de vocês” diz Anitta em um áudio enviado pelo celular.

“Não tem roupa, porque vocês não se organizam e porque eu falo o que é para fazer e vocês não fazem”, diz Anitta em um áudio enviado pelo celular”, continua.

Assista ao vídeo:

Assédio moral não pode ser normalizado. Isso não é cancelar ninguém. Não é dizer que a série é ruim ou que a artista é ruim. É pontuar uma parada que me dá calafrios até hoje no ambiente de trabalho” escreveu um usuário do Twitter. “Ela como profissional é extremamente grossa e às vezes desnecessária”, publicou outro.

“Imagina ser funcionário da Anitta, processar por assédio moral e ter provas irrefutáveis divulgadas pela mesma” escreveu uma jovem. “Isso é um baita assédio moral. Isso desestabiliza e humilha quem tá trabalhando pra você e pode dar processo trabalhista”, escreveu outro.

Advogado responde

Para entender melhor as acusações de assédio moral, o Mais Goiás conversou com o advogado trabalhista Daniel Sanches. Segundo ele, Um fato isolado não é suficiente pra caracterizar assédio moral. Entretanto, disse ser comum trabalhadores se sujeitarem a excessos dos patrões pela necessidade de manter o sustento.

“O patrão está em uma condição privilegiada em vários aspectos, principalmente na situação econômica e pela própria hierarquia. É nesse sentido que as normas trabalhistas visam proteger o trabalhador, para reduzir essa desigualdade social”, afirma Sanches.

O advogado explica que assédio moral “é toda exposição do trabalhador a situações humilhantes, constrangedoras e vexatórias que se torna costume no ambiente de trabalho, como por exemplo, gritar palavras de baixo calão e dizer xingamentos aos funcionários”. Segundo Daniel, “este tipo de comportamento traz danos à saúde mental do trabalhador e não pode ser normalizado ou tratado como um simples defeito”.

“É natural sentir frustração quando as atitudes dos outros não atendem às suas expectativas, mas deve haver cuidado ao expressar esses sentimentos, especialmente quando suas palavras e ações são dirigidas aos funcionários. Todo trabalhador tem o direito a um ambiente de trabalho saudável. Todo empregador precisa saber a importância da comunicação não-violenta e do profissionalismo ao tratar subordinados” conclui.

O site UOL procurou a assessoria de imprensa da cantora, que não se manifestou. No Twitter, a funkeira comentou apenas que “se fosse pra não mostrar os defeitos fazia um filme de ficção”.

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