Jornalista de afiliada da Globo é demitida após denunciar assédio de chefe
"Teve uma apresentadora em Tocantins que tentou se matar pelo assédio que sofreu", afirma a jornalista Ellen Ferreira
Após ficar 20 dias afastada por ter contraído Covid-19, a jornalista Ellen Ferreira esperava retornar ao trabalho na Rede Amazônica, afiliada da TV Globo em Roraima. Contudo, na última quinta-feira (23), ela foi recepcionada no canal com o aviso de sua demissão. Ellen não se convenceu com a justificativa da emissora de reformulação da equipe e acredita estar sendo perseguida após denunciar o ex-chefe de jornalismo, Edison Castro, de assédio moral e sexual.
Segundo publicação do UOL, a Rede Amazônica prometeu enviar um posicionamento sobre o caso, mas ainda não atendeu aos pedidos da reportagem. O ex-chefe de jornalismo, Edison Castro, não foi localizado. A jornalista afirma ter conversado com funcionários de afiliadas da Globo em Goiás, em Tocantins e no Maranhão, e o comportamento de Edison não era novidade para quem trabalhou com ele.
Ellen Ferreira diz que precisou se tratar contra ansiedade e depressão pela convivência com o ex-chefe, além de ter procurado o próprio Ali Kamel, diretor geral de jornalismo da TV Globo, para denunciar o caso. Segundo ela, nem assim conseguiu uma resolução. De acordo com o UOL, A TV Globo confirmou que Ali Kamel recebeu as mensagens da jornalista e afirmou que as denúncias foram enviadas ao setor de afiliadas.
[olho author=””]O que aconteceu foi perseguição. Eu havia levado o caso para o Sindicato dos Jornalistas do estado e para o Ministério Público do Trabalho. Situações vexatórias, de racismo, homofobia, gordofobia. Ele é um psicopata. Teve uma apresentadora em Tocantins que tentou se matar pelo assédio que sofreu. Ele obrigava uma outra funcionária a tomar remédios tarja preta, porque ela era gorda. Tinha gente que queria bater nele na rua![/olho]
Ellen Ferreira conta que somente no dia 29 de junho, graças às denúncias feitas no Ministério Público do Trabalho e no Sindicato dos Jornalistas, Edison foi desligado do cargo. “A realidade é que estou desempregada. Eu sou renda dos meus pais e dos meus irmãos. Como vai ser daqui para a frente? Não quero nunca mais olhar para ele. Quando falo dele, ainda tremo. Ele acabou com a minha carreira”, diz a jornalista.
Ellen Ferreira chegou a apresentar o “Jornal Nacional” em outubro de 2019, durante um rodízio de jornalistas feito em comemoração dos 50 anos do telejornal.
https://www.emaisgoias.com.br/bibi-perigosa-da-vida-real-nao-quer-reprise-de-a-forca-do-querer-e-entra-na-justica-contra-globo/
*Com informações do UOL