Juliette diz ter medo do endeusamento e relembra morte da irmã
Juliette Freire, 31, a advogada e maquiadora que venceu o BBB 21 e virou fenômeno de popularidade, com…
Juliette Freire, 31, a advogada e maquiadora que venceu o BBB 21 e virou fenômeno de popularidade, com quase 30 milhões seguidores no Instagram, foi a convidada desta quarta-feira (26) do programa Saia Justa (GNT).
Ela falou sobre fama, amor, expectativas, Nordeste, terapia e a vida fora do Big Brother Brasil, entre outros assuntos. Veja os destaques da participação de Juliette na atração.
AMOR
“Eu amo todo mundo, sou a fim de todo mundo. Eu vejo uma pessoa e já digo: meu Deus, que pessoa linda, eu queria pegar… Isso é fato. Mas quando eu paquero sério, real, fico tímida. Por incrível que pareça, fico mais quietinha. Tenho vergonha. Eu até pegaria [no BBB 21], porque também tem o desejo e ali tinha muito mais. Mas ficava na brincadeira. Dava um cheirinho, um abraço, matava a vontade e dava tudo certo”.
MAQUIAGEM
“A maquiagem é o meu ponto fraco, fico até gaguejando. É a linguagem do amor. [No BBB 21] as pessoas cozinham, as pessoas falam, as pessoas cantam. É uma forma de traduzir sentimentos e amor. A minha era a maquiagem”.
VIDA FORA DO BBB
“Eu enfrentei coisas lá dentro que eu enfrento aqui fora. As situações me provocavam a agir como eu agiria aqui fora. E eu tentei mentalizar que aquilo era a minha vida e que precisava vencer todos os desafios que ela me apresentava. Tenho muitas outras coisas que não foram testadas lá dentro, mas deu para ter um pouquinho de cada situação”.
TERAPIA
“Comecei [a fazer terapia] para terminar um relacionamento. Ele era muito meu amigo, mas o motivo era que eu não estava feliz. Falei: ‘preciso de ajuda para conseguir’. Depois que consegui resolver esse conflito, fui [vendo outros motivos]. Pensei: ‘caramba, por que não procurei isso antes’. Estava muito pesado, sempre carreguei tudo nas costas”, disse Juliette.
IRMÃ
“Tive alguns grandes momentos de transformação na vida. Um deles foi quando a minha irmã morreu, foi a virada de chave na minha vida (a irmã tinha 17 anos e morreu em 2009). Minha vida era muito simples, mas muito plena. Eu não tinha grandes problemas. Era estudar e trabalhar muito, muito. Quando a minha irmã morreu, passei a ter consciência sobre a finitude da vida. Pensei: ‘o que eu quero?’ Porque posso morrer amanhã. E aí comecei a viver diferente. Eu não dormia sem resolver nada dentro de mim”.
AUTENTICIDADE
“No início [do BBB 21] eu repetia isso: estou me perdendo de mim. Eu não conseguia ser eu. Era interrompida ou rotulada e ficava muito agoniada com isso. Fiquei muito mal e falei: vou ser o que sou, é nisso que vou me apegar. Eu falava muito sobre a minha mãe, sobre os meus amigos, eu cantava as minhas músicas para não me perder de mim”.
NORDESTE
“Eu aceito de braços abertos a identificação, o pertencimento, mas eu mostrei que amo muitas outras coisas, que sou feliz com muitas outras coisas. Eu não deixo me rotular, eu sou tudo. O que eu amo é o que faz sentido para mim, seja música nordestina, funk, MPB, rock, sertanejo. Amo música, amo arte. Não vou me aprisionar nisso apesar de ser uma prisão muito linda, mas prisão nunca é bom”, disse Juliette.
“Eu sou eu com todas as minhas facetas. Me orgulha ver que o Nordeste se sentiu tão representando. É como se eles estivessem com um nozinho na garganta e eu consegui gritar. Que bom que fui eu. Desde pequena eu amo a cultura nordestina, faz parte de mim”.
SOTAQUE
“Para uma advogada, a oratória é muito importante. Na minha eu dou uns desvios. E já ouvi assim: ‘fala mais baixo, mais devagar, fala mais isso, fala mais aquilo’. Mas o sotaque eu faço questão de afirmar. Quando vejo que tem alguém tentando diminuir, faço questão de afirmar, levantar o nariz e a cabeça”.
GRATIDÃO
“Dá muito medo, é tudo gigante. Mas fico feliz em saber que as pessoas gostaram de mim apenas pelo que eu sou, me aceitaram com todas as minhas vulnerabilidades e enxergam em mim algo bom. Dá esperança saber que as pessoas querem ver algo bom. Estou muito grata, espero corresponder a tanto amor e a tanta expectativa”.
ERROS
“Optei por ter uma trajetória real e leve, exatamente como eu sou. Eu também mudo, eu também erro. E não sou responsável pelas outras narrativas que as pessoas contam. Eu sou responsável pela minha. Tenho medo do endeusamento. Eu erro e quero mostrar os meus erros”.