Júnior Santolli lança música nova neste sábado (24), no Santa Fé Hall
Bebendo de fonte de Wesley Safadão (mas também influenciado pelo sertanejo de Jorge e Mateus…
Bebendo de fonte de Wesley Safadão (mas também influenciado pelo sertanejo de Jorge e Mateus e João Paulo e Daniel), Júnior Santolli divulgou no início deste mês sua nova música de trabalho, o forró Chama As Amigas. O lançamento oficial do single acontece neste sábado (24) na Santa Fé Hall, com um show que, segundo o cantor, traz um pouco de tudo.
“Neste trabalho, quero fazer algo com ‘vibe de show'”, explica. “Cresci ouvindo e gosto muito de moda de viola, mas o forró é um gênero musical com o qual me sinto muito à vontade”, completa. E gosta mesmo. “À frente do tempo”, Santolli diz que já gostava de Safadão quando ainda fazia parte da banda Garota Safada, e curtia outros conterrâneos: Cavaleiros do Forró e Saia Rodada.
“Eu gosto muito de música ‘bagaceira'”, diz. Ahn? Segundo ele, é assim que as pessoas do meio chamam as músicas típicas do Nordeste (como o forró, o brega e o melody, por exemplo). Não é pejorativo, ele garante. “Mas não consigo escrever este tipo de música, só romântica”, confessa.
Por isso, os trabalhos anteriores de Júnior Santolli eram bem diferentes da “vibe de festa” de hoje. “Começamos com músicas mais românticas até encontrarmos este novo caminho”, sublinha. “Agora trabalhamos Chama As Amigas com mais certeza, é mais direcionado”, garante.
Um pouco mais para frente, Santolli planeja lançar oito músicas, que já estão prontas para o lançamento, mas sem definir qual será, oficialmente, o carro-chefe. “Quem decide qual é a música de trabalho é o público. Deixo para eles escolherem, apesar de apostarmos um pouco mais em uma do que em outra”, explica.
O impacto da internet
Desde que foi lançado no YouTube, o clipe de Chama As Amigas já bateu – até o fechamento da matéria – mais de 33 mil visualizações. No Facebook, afirma Santolli, o número chega a dobrar. A internet, para o cantor, abre duas portas importantes: a do público e a do feedback.
Segundo ele, com a segunda porta ele não se preocupa. “As reações têm sido bem positivas”, diz. Sobre a primeira porta, “a internet dá espaço para abranger um público que não conseguiríamos pelas rádios. E conseguimos ter um resultado muito positivo com isso”, sublinha.
Além de colocar a música em plataformas exclusivamente gratuitas, como o YouTube e o Facebook, Júnior disponibilizou ainda um link para o download da faixa. “No meu caso, preciso que as pessoas vejam meu trabalho. Ouçam sem moderação, sem restrição para que me encontrem na internet”, aponta. “Ainda somos meio anônimos”.
A visão de Santolli é a mesma de grandes artistas que, hoje, defendem a política de “quanto mais pessoas conheceram a minha música, melhor”. Algo aprovado sem ressalvas por Katy Perry, The Weeknd, Lily Allen e Miley Cyrus.
“Material físico hoje é mais presencial”, explica ele. Isso significa que: CDs físicos servem para que os contratantes vejam que você tem identidade visual. “A gente, que entra no carro e já liga o Spotify, não liga mais para isso, nem mesmo para o pen drive”.
Independente ou assinado?
Hoje, Júnior Santolli é um cantor independente. Quando perguntado se o plano era continuar como tal, assim como vários grandes artistas optam vez ou outra (Miley Cyrus, por exemplo, já lançou muitas faixas de forma independente), ele titubeou e analisou o melhor dos dois lados.
“Depende. Não é que depende de uma boa proposta. Eu não tenho força para ir sozinho, então, cedo ou tarde, eu vou precisar de uma ajuda”, diz. Ele garante, inclusive, que já há escritórios interessados em colocá-lo no catálogo de artistas, mas ter um contrato tem vários prós e contras.
Sem contar a parte criativa, que sofre cortes e ajustes, há o investimento. “Se você entrar em um escritório grande, é com uma mão na frente e outra atrás. Eles vão entrar para te ajudar e você terá divulgação e suporte empresarial”, explica. “Você vai ter que abrir mão de uma parte de seus lucros, do seu tempo e da sua vida para que isso aconteça”, continua.
Uma troca que Santolli acredita ser justa. “Quando você tem um objetivo alto na sua vida, você pode até conseguir sozinho, mas vai suar pra caramba. Essas pessoas encurtam seu caminho”, analisa. Porém, ele aponta que hoje os grandes escritórios estão muito cheios de artistas, então a chance de ser colocado “na geladeira” é maior.