Lana del Rey tem vontade de viver no álbum ‘Lust For Life’
Lana del Rey ficou brava com os fãs que vazaram seu álbum nesta quarta-feira (19).…
Lana del Rey ficou brava com os fãs que vazaram seu álbum nesta quarta-feira (19). E com razão. Os fãs deveriam ter esperado até esta sexta-feira (21) para ouvir o Lust For Life. Este disco inaugura uma nova fase na carreira da cantora.
Lust For Life é um álbum conceitual. Desde quando Lana divulgou o trailer do projeto, nos deu um gostinho de como queria que este trabalho fosse: menos melancólico e mais esperançoso. Irônico, vindo da garota cujo primeiro disco chama-se “Nascida pra Morrer” e falou em entrevistas que “queria estar morta”.
A premissa seguiu com a faixa Love, ode ao amor, à juventude e à vida. Assim como este primeiro single, o segundo, parceria com The Weeknd que dá nome ao disco, seguiu uma premissa similar.
Aqui, Lana Del Rey ainda não está exatamente feliz, como mostra na capa (estampando um sorrisão bastante incomum). Ela está esperançosa, em busca de algo melhor. E é assim na maioria das faixas do disco, com destaque para a sombria When the World Was at War We Kept Dancing. “É apenas o começo. Se tivermos esperança, teremos um final feliz”, canta ela no refrão.
Experimentando em casa
De Born To Die a Lust For Life, Lana Del Rey brincou com melodias vintage e cinematográficas, abusando dos instrumentos de corda, passou pela psicodelia com solos de guitarra e se aventurou pelas influências da música hippie. Amadurecida, ela viu que sua voz (hoje mais lapidada) se encaixa melhor na sonoridade de seus primeiros singles, mas isso não a impede de brincar um pouco com o que aprendeu nos anos seguintes.
O desafio, entretanto, é casar as melodias de “diva da década de 1960 em decadência” com mensagens de esperança e amor. Talvez por isso ela tenha convidado The Weeknd, A$AP Rocky (que fez um trabalho similar com Selena Gomez em Good For You) e Plaiboi Carti. A única parceria que talvez não tenha construído essa imagem foi com Stevie Nicks em Beautiful People, Beautiful Problems.
Veredito
O disco é o mais experimental de Lana, mas não é, de longe, o mais redondo. Apesar de ter um conceito interessante, que se manteve em praticamente todas as 16 faixas de Lust For Life, a obra prima da cantora continua sendo Born To Die. Isso, entretanto, não tira o mérito de este ser um bom disco, onde Del Rey se sente mais segura e fecha um ciclo de álbuns tristes e melancólicos demais.
Aqui, ela permitiu-se abrir a novas experiências, novas temáticas nas letras e (talvez) novas sensações. E conseguiu manter-se fiel às suas raízes, algo que a maioria das popstars não conseguem ao expandirem suas carreiras. Palmas para você, Lana Del Rey. Este repórter está feliz por você parar de querer estar morta.
“Não importa, porque é suficiente ser jovem e apaixonado”