Lançamentos de 2017 para ouvir no dia do rock
Só porque ele não toca mais no rádio como antigamente, alguns descrentes gostam de dizer…
Só porque ele não toca mais no rádio como antigamente, alguns descrentes gostam de dizer por aí que o rock morreu. Isso não é bem verdade. Graças à internet, serviços de streaming, hospedagem de sites e o YouTube, talvez ele nunca esteve tão vivo. Só neste primeiro semestre de 2017 foram dezenas de lançamento dos mais variados estilos.
Pra celebrar o dia mundial do rock (13/7) ouvindo só música boa e nova, separamos em uma lista alguns dos melhores lançamentos deste ano, do rock alternativo ao trash metal. Confira:
Elder – Reflections of a Floating World
Uma das bandas mais legais dessa lista, o Elder faz músicas enormes misturando doom metal com rock progressivo. Na ativa desde 2006, a banda amadureceu muito ao longo dos anos, o que ficou claro com seu lançamento mais recente, Reflections of a Floating World que é, fácil fácil, um dos melhores lançamentos do ano até agora.
Mastodon – Emperor of Sand
Já a Mastodon é uma das maiores bandas de metal da atualidade, misturando trash metal com rock progressivo. Seu novo disco, Emperor of Sand, é mais pesado que o anterior e foi baseado na vida de um dos membros da banda e sua luta ao lado de um familiar com câncer. Mas isto não fica óbvio no disco: conceitual, suas faixas contam a história de um homem expulso da sua cidade e obrigado a vagar por um deserto mortal.
Unleash the Archers – Apex
Outra banda que amadureceu muito no seu lançamento deste ano foi a Unleash the Archers. A banda de power metal aparou as arestas do seu som e apostou em riffs e vocais um pouco mais pesados, se focando um pouco menos nos agudos típicos do gênero. A banda também se diferencia das demais por sempre arriscar temas novos em cada disco, não se mantendo fixa na fantasia medieval clássica.
Radiohead – Ok Computer OKNOTOK
Um clássico retomado e redesenhado. O Radiohead acabou de lançar a versão comemorativa de 20 anos de Ok Computer com todas as faixas remasterizadas mais NOVE músicas inéditas. Essa combinação entrega com facilidade um dos melhores discos do ano, transformando e melhorando a já consagrada magnum opus de Thom Yorke.
Sepultura – Machine Messiah
Yes, nós temos brazucas. Embora não tenhamos tido muitos lançamentos de rock nacional, o Sepultura continua representando o Brasil aqui e lá fora. Machine Messiah se destacou por quebrar um certo marasmo da banda, sendo um dos melhores e mais pesados lançamentos da banda nos últimos anos. Se você quer um Sepultura moderno mais próximo do seu clássico, é este disco que você está procurando.
The XX – I See You
A dupla lançou seu terceiro disco de estúdio este ano e é, provavelmente, o mais diferente desta lista. I See You é o disco menos melancólico e mais eletrônico da banda até agora. Pra ser sincero, algumas músicas conseguem ser até dançantes. E isto é bom: prova que a dupla conseguiu evoluir e mudar a sua sonoridade, tirando o pé das batidas lentas e depressivas de seu primeiro álbum.
Kreator – Gods of Violence
Acredito que a esta altura, Kreator não precise de apresentações. A banda alemã de trash metal está mais pesada do que nunca e entrega um discco poderosíssimo com Gods of Violence. Provavelmente, em essência, é o disco mais metal dessa lista. Além disso, é um disco duplo disfarçado de um: são 11 canções inéditas mais 14 gravações ao vivo do Festival de Wacken de 2014. Aproveite.
Roger Waters – Is This The Life we Really Want?
Primeiro disco de inéditas do ex-Pink Flyod desde 1992, pode-se dizer que valeu a espera. O novo disco pode não ser tão popular, mas é quase uma continuação de The Wall, falando dos absurdos do mundo moderno, da violência, dos governos opressivos, de religião, da moral. Ninguém está à salvo neste disco que os fãs, vorazes, têm devorado desde seu lançamento.
Blondie – Polinator
Primeiro disco de inéditas da banda clássica desde 2011, Polinator é, de longe, o melhor disco do Blondie em sua era moderna. Não se deixe enganar, é um belo disco de rock e recheado de participações especiais com outros roqueiros, cantoras pop e até uma rapper. Após quase quatro décadas de carreira, Debbie Harry e sua turna continuam com muito fôlego.
Deep Purple – Infinite
Outra banda clássica, só que lutando pra tirar o pé da lama, o Deep Purple superou o perfeitamente esquecível Now What?!, de 2013, para lançar o muito mais sólido, focado e contido Infinite. Isso, senhoras e senhores, é um disco de classic rock. Assim, não é nenhum Stormbringer, mas estão no caminho certo. Seja pelos velhos tempos, seja para ver como os caras estão, vale a pena conferir.
All Them Witches – Sleeping Through the War
Misturando doom com blues e um bom e velho stoner, Sleeping Through the War é uma bela receita para pensar no horror da existência. É um dos discos mais diferentes da banda até agora, mas excelente. Se você curte Queens of the Stone Age e também Black Sabbath, tá aí um bom material pra ouvir.
Paramore – After Laughter
Outra banda que evoluiu horrores em seu último lançamento foi o Paramore. Os anos de emo e Miss Misery ficaram para trás em um disco muito maior e melhor. After Laughter é o melhor disco da banda, continuando falando de temas próximos aos membros e aos fãs e carregados de ironia, mas dessa vez sem riffs baratos e sem exagerar nos agudos.
Royal Blood – How Did We Get so Dark?
O nome do disco é quase auto-explicativo. Em um dia, o Royal Blood era uma dupla pop eletrônica que ninguém se importava, no outro estava em listas de rock como essa. O segundo álbum da banda ainda traz um lado pop e mais eletrônico, mas ficou, de fato, bem mais dark tanto em sonoridade quanto temática. E, é claro, ficou bem mais interessante.