Leila Pinheiro escreve sobre perda da amiga e ex-companheira Claudia Jimenez: ‘Tive tempo de me despedir’
Cantora e compositora, que dedicou show para a atriz, recorda últimos momentos com ela: 'Cantei em sua cabeceira, rezei, certa de que ela me ouvia, e isso acalma um pouco o meu coração devastado'
“Qualquer palavra é pouco pra traduzir o que sinto com a partida de minha amiga amada, ex-companheira, grandiosa atriz Claudia Jimenez, que me dirigiu no show “Catavento e girassol” em 1997 e com quem dividi momentos inesquecíveis da minha vida.
Aprendi tanto com ela sobre o nosso ofício, ela atuando e eu cantando, que, por ironia do destino, ontem (sábado, dia 20) coloquei em prática este amor à nossa profissão, cantando exatamente no dia em que ela partiu.
Tive tempo de me despedir dela, cantei em sua cabeceira, rezei, certa de que ela me ouvia, e isso acalma um pouco o meu coração devastado.
Ontem à noite, no palco, sabendo o quanto ela também amava a música, adorava cantar e me ouvir cantar, guardei no fundo da alma as minhas lágrimas, e, sob intensos e emocionados aplausos, dediquei a minha melhor alegria e o meu canto mais lindo a ela, que, onde já estivesse, tenho certeza de que sentiu a vibração de todos nós, apaixonados pela atriz, pessoa e ser humano raro que nos deixa mais pobres dessa alegria e do imenso amor à vida, à arte e às pessoas, que transbordava incansavelmente dela.