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‘Lenda do jazz europeu’, Rolf Khün morre, aos 92 anos; Ed Motta se despede

Segundo o comunicado da família, Khün morreu na última quinta-feira, dia 18

Foto: Reprodução - Redes sociais

“Lenda do jazz europeu”, Rolf Khün morreu aos 92 anos em Berlim, na Alemanha. A notícia foi dada pela família e a gravadora do clarinetista e saxofonista nesta segunda-feira, dia 22, e a causa da morte não foi revelada. O artista ganhou destaque na década de 1950 ao tocar ao lado de outros grandes artistas do gênero, como John Coltrane e Benny Goodman. No Brasil, ele também colaborou com Ed Motta, que publicou uma homenagem nas redes sociais.

“Soube agora da ascensão do clarinetista Rolf Khün, lenda do jazz europeu. Gravar com ele foi das grandes experiências que tive em música, um desafio. Rolf havia me passado dois temas novos, eu estudei no piano, preparei os voicings com cuidado, mas no dia da gravação ele me disse: ‘Ed, mudei tudo, vamos gravar outras duas’. Foi um aprendizado fabuloso de como se fazer música livre, ‘free jazz’. A arte de Rolf Khün é uma ode à liberdade, descanse em paz mestre”, escreveu o brasileiro.

Segundo o comunicado da família, Khün morreu na última quinta-feira, dia 18, “se dedicando à música, cultura com alegria até os últimos dias de sua vida”.

Nascido em 1929, em Colônia, na Alemanha, Rolf Khün começou a tocar piano aos 8 anos, mas aos 12 se encontrou no clarinete. Cinco anos depois, passou a integrar orquestras lociais. Na década de 1950, se mudou para os Estados Unidos, onde conquistou fama. Anos antes de morrer, o clarnetista ainda compunha músicas e em entrevistas a jornais da Alemanha falava sobre planos para um novo álbum.