‘Lost’: Damon Lindelof lamenta que seriado não terminou após quatro temporadas
Ele também defendeu a ideia da Marvel fazer menos filmes para que cada um seja mais especial
Mais de uma década após a conclusão de “Lost” em 2010, o co-criador da série Damon Lindelof está revelando o que realmente aconteceu nos bastidores. Altamente criticado por arrastar a série por seis temporadas para um final sem brilho, “Lost” deveria terminar depois de quatro temporadas. Sua principal preocupação era se deparar com o “problema da ‘Ilha de Gilligan'”, onde o público começa a “ficar frustrado”.
“E minha resposta a isso sempre foi tipo, ‘Você está certo. Então, vamos projetar um começo, meio e fim finitos’”, ele compartilhou durante o podcast Vulture “Into It”.
“A ABC simplesmente não queria se envolver nessa conversa. Na época em que eles pegaram o show, eles disseram: ‘Faça 13 desses, e vamos ver como vai’”, revelou Lindelof. “Foi um sucesso de audiência tão grande que ficou claro para mim instantaneamente que todas as conversas sobre o fim do programa terminariam.”
O showrunner continuou: “Eu disse: ‘Ei, pessoal, não podemos manter isso para sempre’, e foi quando a ABC disse: ‘Ah, estávamos pensando em mais de 10 temporadas’. O compromisso acabou sendo seis, mas eu pessoalmente gostaria que pudéssemos ter feito isso em quatro.”
Simplesmente, Lindelof prefere ir contra as expectativas dos fãs: “As pessoas não querem que as coisas acabem”, acrescentou. “Eu faço.”
E a ênfase atual na expansão de IPs pré-existentes é apenas mais um exemplo para Lindelof de porque o cinema e a TV parecem estar recauchutando o mesmo território.
“Se você faz alguns ótimos filmes da Marvel, o instinto é: ‘Precisamos fazer mais filmes da Marvel e precisamos expandir isso’”, explicou Lindelof. “E eu tenho esse tipo de sentimento interior tipo, ‘Uau, eu gostaria que eles fizessem menos porque isso tornaria cada um que saiu um pouco mais especial.’”
Ele admitiu: “Mas eu assisto todos eles”.
Para franquias semelhantes como a IP de “Harry Potter”, Lindelof opinou: “Eu não invejo o direito de continuar. Eu fiz prequels e sequências e reboots, então não posso ser hipócrita e dizer: ‘Deus, tenha uma ideia original’. Estou fazendo dois filmes de ‘Star Trek’ e ‘Prometheus'”, disse.