Ludmilla consegue medida protetiva contra o pai na Justiça
Ele foi intimado da decisão e tem que manter distância da cantora
Ludmilla, 26, conseguiu na Justiça uma medida protetiva que determina que seu pai, Luiz Antônio Silva, não pode se aproximar dela. Ele passou 16 anos preso por roubo e está em liberdade há mais de dois anos.
A assessoria da cantora falou que o pai foi intimado da decisão e deve manter distância. O batalhão da Polícia Militar da região foi informado para fazer cumprir a decisão.
O pai da cantora recebia uma pensão de R$ 1,6 mil da filha, que foi cortada recentemente. Ela contribuía financeiramente sem que a mãe, Silvana Oliveira, soubesse.
A mãe da cantora disse, em março, no seu Instagram que Silva se aproxima dizendo querer reatar os laços afetivos com a filha, mas ele quer mesmo é dinheiro.
Na época, Silvana falou que não aguentava mais ficar sendo ameaçada. Ela disse que não conseguia entender uma pessoa que não tem dinheiro para comer, mas conseguia uma advogada para tentar “ferrar” a filha, dizendo que está com depressão por causa dela.
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“Ele alega que tem saudade, ele não quer um abraço, ele quer dinheiro. Para isso as pessoas têm que trabalhar”, desabafou Silvana na ocasião.
Em maio, Ludmilla teve uma derrota parcial em um processo que abriu contra Rainha Matos. A cantora e sua esposa, Brunna Gonçalves, haviam pedido à Justiça uma indenização por dano moral após serem citadas pela blogueira.
No mesmo processo, o casal pediu que Rainha Matos, conhecida no Instagram pelas publicações sobre a vida das celebridades, não pudesse mais citar o nome delas enquanto o processo estivesse rolando. No entanto, a juíza Françoise Cully, da 3ª Vara Cível da Ilha do Governador, disse ser necessário ouvir a defesa.
“Por ora, indefiro a antecipação dos efeitos da tutela nos moldes requeridos”, disse na decisão. Para a magistrada, o mérito da medida pode ser confundido com o da causa em si, de modo que é preciso ouvir os dois lados antes de tomar uma decisão sobre o caso.
Em março deste ano, a cantora perdeu um processo de injúria racial que movia contra a empresária Val Marchiori. No Carnaval de 2016, a cantora desfilava com rainha de bateria do Salgueiro quando a empresária disse que o cabelo da cantora estava “parecendo um Bombril“.
De acordo com o relator do processo, o desembargador Francisco de Assis Pessanha Filho, a defesa da ré argumentou que os comentários, feitos durante a transmissão da RedeTV!, foram com relação à fantasia utilizada pela funkeira na ocasião.
“Todos os apresentadores, inclusive a ré, esclareceram que a crítica não se dirigia ao próprio cabelo da autora (que não era daquele jeito), mas sim a um ‘aplique’ ou uma ‘peruca’, utilizada com a fantasia”, informa o relatório.
“Em que pese ter sido proferida uma observação de natureza ácida, veiculando opinião em tom de crítica dura, não é possível se extrair dos fatos supracitados qualquer intenção de desqualificar ou ofender a autora em decorrência de sua cor de pele, tampouco de ridicularizá-la ou depreciar a pessoa”, concluiu o relator.
Todos os desembargadores acompanharam o voto do relator. Isso mudou a decisão anterior, que dava ganho de causa a Ludmilla.
Nas redes sociais, Ludmilla demonstrou não estar satisfeita com a decisão. “Racismo não é liberdade de expressão”, reclamou.
“‘Sofreu racismo? Fácil. Vai lá e denuncia’, ‘Lugar de racista é na cadeia’, ‘Vocês reclamam demais, é só ir para Justiça'”, escreveu. “Vocês percebem agora que não é fácil como parece? Essa não é a primeira, segunda ou terceira denuncia que eu faço.”
“Eu também não sou a primeira a passar por isso e infelizmente não sou a única”, continuou. “Eu não me faço de vítima não. Eu sou! Tá provado. Mas a estrutura desse país é tão racista, que eles têm a audácia de recorrer e ainda por cima comemorar vitória no Instagram.”
“Mas quer saber? Eu não vou parar”, afirmou Ludmilla. “E não é só por mim não! Uma hora as coisas vão ter que mudar. E no que eu puder usar a minha visibilidade para ajudar nessa mudança, eu juro para vocês que eu vou!”