Maria Eugênia reúne público de todas as idades no Palácio Conde dos Arcos
Com repertório variado, cantora se apresentou nesta sexta-feira
O fim de semana de encerramento do Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (FICA) 2016 começou com o pé direito na Cidade de Goiás. A cantora goiana Maria Eugênia foi a atração principal de sexta-feira (19) no Palácio Conde dos Arcos, com show às 23h.
O repertório incluiu quatro músicas de seu novo DVD, o terceiro solo de sua carreira, intitulado Minha Natureza: Ame, Ai Que Saudade D’ocê, emendando Vem Morena, e Esperando Aviões. Esta última veio acompanhada de Chazinho com biscoito, uma homenagem ao compositor mineiro Vander Lee, que falecer no dia 5 de agosto, aos 50 anos.
Mas a noite não tinha atingido o seu ápice até Maria entoar a canção Romaria. Com o refrão de Renato Teixeira, cantado suavemente por ela, ouvia-se apenas o vento frio do Velho Goiás e os sussurros da plateia, que cantava junto quase em oração.
Para tirar o público do transe, só com o bis. Aos primeiros gritos de “mais um”, a artista não se fez de rogada e deu a volta no palco, provocando a banda para escolher mais uma música, dizendo “vamos aproveitar que vocês já estão em pé”.
Foi assim que começou o momento mais animado do show, com Fio Maravilha e País Tropical, de Jorge Ben Jor. Empolgada, Maria Eugênia dominava tablado, interpretando as músicas e sambando sempre que possível.
“Surpreendente” foi a palavra que a estudante Mariana de Freitas Costa, de 18 anos, usou para descrever a apresentação. Ela assistiu à performance com a amiga Poliana Soares, 21. “Não conhecia muito, mas gostei demais. Achei ela ótima, e as músicas eram muito boas”, opinou.
Mas a maior torcida vinha de Nini Jube, de 80 anos. “Eu conheci ela ainda bebê, peguei muito no colo. É praticamente minha sobrinha. A Maria Eugênia tocava piano, igual a tia dela, que é o instrumento da família dela, mas depois descobriu que cantava e largou. Eu tenho muito orgulho de ver a artista maravilhosa que ela virou. Achei o show fantástico, só tenho elogios”.
Por fim, mesmo a centena de cadeiras organizadas para receber os visitantes não foi suficiente para acolher todos que quiseram vê-la de perto, com pessoas até mesmo na rua esticando o pescoço. Talvez o bis precise ser um pouco mais longo por aqui.