Maria Gadú e Fabio Porchat abrem festival com 60 lives a partir de segunda-feira (20)
Chamada de #CulturaEmCasa, iniciativa é orçada em R$ 1 milhão e foi pensada para ajudar no sustento de profissionais da cultura
A partir desta segunda-feira à noite, o festival #CulturaEmCasa, promovido pelo governo do estado de São Paulo, terá apresentações ao vivo pela internet de nomes como Erasmo Carlos, Eva Wilma, Céu e Marcelo Jeneci. As exibições, gratuitas, serão feitas sempre às 21h30, por 60 dias seguidos, em uma plataforma de streaming criada pela secretaria de cultura (culturaemcasa.com.br).
Os primeiros nomes da programação são a cantora Maria Gadú, que abre a agenda com um show, e o humorista Fabio Porchat, que, na terça-feira (21), conduzirá uma entrevista com integrantes do grupo Casseta & Planeta. Por enquanto, a relação de convidados foi divulgada por 14 dias (veja ao final a lista completa).
Outra ação na plataforma #CulturaEmCasa por 60 dias consecutivos serão aulas ao vivo, às 12h, para a formação para quem trabalha ou deseja trabalhar na área da economia criativa. A grade desse “intensivão”, como é chamado, ainda não foi publicada.
Além das atividades com transmissão simultânea, o site reunirá arquivos de vídeo do acervo de entidades ligadas à secretaria, como concertos gravados da Osesp (Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo). Ao todo, cerca de 200 materiais já foram agregados em uma fase anterior do projeto.
Futuramente, também devem ser comprados e disponibilizados por lá materiais de produtores externos, como alguns filmes, conta o secretário Sérgio Sá Leitão. Outra melhoria que deve ocorrer em breve é a criação um aplicativo para acessar a plataforma no celular.
Sustento
O projeto está orçado em R$ 1 milhão, remanejado de “projetos de difusão que foram suspensos devido à pandemia do coronavírus e que visavam os mesmos objetivos: democratizar o acesso a conteúdos culturais e gerar oportunidades para artistas e técnicos”, informa a pasta por meio de nota.
Esse valor cobre a criação, a produção de conteúdo, a atualização e a manutenção da plataforma, que deve ser mantida no ar como um projeto permanente, alimentada com novos materiais mesmo depois de a quarentena acabar.
— A plataforma também é uma forma de geração de renda. Estamos remunerando todos aqueles que estão disponibilizando conteúdos, todos os artistas, todos os técnicos envolvidos, todos os profissionais — diz Sá Leitão, que destaca que o trabalho de produção e captação é totalmente feito de forma remota, sem que o artista precise receber pessoas em casa.
Segundo ele, vários ensaios precisam ser feitos para garantir a qualidade técnica nessas condições, que, afirma, deve ser uma das vantagens das lives dessa iniciativa em meio a tantas que surgiram na quarentena.
— Isso [o investimento] não é nenhum privilégio para área cultural. É que a cultura é um dos setores mais impactados pela pandemia, com um impacto imediato e brutal — avalia.
Além das ações on-line, projeções em prédios da capital paulista complementam a iniciativa. Já neste fim de semana, as fachadas do Instituto do Câncer, do Teatro Sérgio Cardoso, do Edifício Anchieta (no cruzamento da Av. Paulista com a Rua da Consolação) e de um edifício entre a Alameda Nothmann e o Minhocão (no centro da cidade) devem receber projeções mapeadas entre as 18h às 23h59.
Serão exibidas animações de VJs convidados, além de mensagens que divulgam a plataforma de streaming, que recomendam ficar em casa e que homenageiam os profissionais da saúde.
20/4, às 21h30: Maria Gadú
21/4, às 21h30: Fabio Porchat entrevista Casseta & Planeta
22/4, às 21h30: Rincon Sapiência
23/4, às 21h30: ARAP com Elias Andreato
24/4, às 21h30: Anelis Assumpção com Curumim
25/4, às 21h30: Marcelo Jeneci
26/4, às 21h30: Eva Wilma
27/4, às 21h30: Céu
28/4, às 21h30: Casseta & Planeta
29/4, às 21h30: Leci Brandão
30/4, às 21h30: Aílton Graça
01/5, às 21h30: Tulipa Ruiz
02/5, às 21h30: Erasmo Carlos
03/5, às 21h30: Karol Conka