Michael J. Fox explica o motivo de não aceitar mais papéis “com muitas falas”

Michael J. Fox diz que problemas com sua memória, lembranças de falas e a doença de Parkinson mudaram o tipo de papéis que ele aceita em Hollywood.

O ator, que estourou na série de TV dos anos 80 “Family Ties” e depois com os filmes de “De Volta Para o Futuro”, anunciou em 2020 que estava se aposentando. Ele participou recentemente do podcast “Working It Out” de Mike Birbiglia e falou sobre como ele abordou seu trabalho de atuação profissional de maneira diferente nos últimos anos devido a desenvolvimentos com seu Parkinson. Fox disse que se tornou mais seletivo na escolha de papéis depois de ter dificuldades ao filmar dois projetos diferentes.

“Quando eu fiz o spinoff de [The] Good Wife, que é [The] Good Fight, eu não conseguia me lembrar das falas. Eu só tinha esse espaço em branco, não conseguia me lembrar das falas”, disse ele.

O ator e advogado continuou, indo além do certo ou errado para o que lhe dizia sobre assumir papéis.

“Eu não assumo algo com muitas falas, porque não posso fazer isso. E por qualquer motivo, é apenas o que é ”, disse ele. “Não consigo me lembrar de cinco páginas de diálogo. Eu não posso fazer isso. Não pode ser feito. Então eu vou à praia.”

“Family Ties”, ele disse, “costumava me dar o roteiro e eu dizia: ‘Estou dentro. Mallory, desligue o telefone.’ para mim. Eu tenho 70 páginas de diálogo em um filme de [Brian] De Palma, e saber que uma filmagem de Steadicam extremamente cara depende de eu saber as falas – nem um fio de suor na minha testa”, lembrou ele.

Mas então, enquanto filmava o spin-off da CBS em um estúdio em Culver City, o ator diz que não conseguiu “conseguia colocar as falas em ordem”. Foi o “mesmo problema” que ele teve enquanto filmava no Canadá para o show “Designated Survivor” de Kiefer Sutherland. Mas enquanto outra pessoa pode ter entrado em pânico, Fox disse que manteve a calma.

“Era uma coisa legal e eu simplesmente não conseguia”, disse a estrela de “De Volta para o Futuro”. “Mas o que [foi] realmente revigorante foi que eu não entrei em pânico. eu não surtei. Eu apenas disse: ‘Bem, é isso. Vamos em frente. Um elemento-chave desse processo é memorizar as falas, e não consigo fazer isso.’”