Mulher diz ter sido espancada por seguranças na boate Villa Mix SP: “fingi desmaio para não apanhar”
Jovem afirma ter sido levada a uma sala nos fundos da casa noturna e espancada. Audiomix e boate sublinham que estão apurando a história
Usando as redes sociais, uma jovem de 29 anos afirmou que foi espancada por seguranças da boate Villa Mix de São Paulo na madrugada do último domingo (5). Segundo ela, a agressão foi feita por cinco homens que trabalham na casa noturna. “Levei socos na cabeça, nos olhos, costas, chutes nas pernas, tive o meu vestido rasgado, além da humilhação que passei”, escreveu.
Tudo teria começado com o desentendimento entre ela e um homem que estava na boate. “Na pista de dança um homem jogou de propósito todo o copo da bebida dele no meu rosto. Por óbvio, a minha reação na hora foi a de também soltar o meu copo, já que na hora fiquei cega pelo álcool da bebida dele nos meus olhos”, narrou em uma publicação no Instagram.
Vendo a cena, ainda de acordo com a jovem, seguranças da equipe feminina a tiraram da pista de dança. Após uma discussão sobre “quem estava certo ou errado”, a levaram para uma sala nos fundos da casa noturna. Lá, teria sido onde as agressões – feitas por seguranças da equipe masculina – aconteceram. “Outras três testemunhas ouviram meus gritos de desespero e socorro do lado de fora da casa, e começaram a bater no portão, pedindo que liberassem a pessoa que estava ali”, continua o relato. Um homem teria dito que “está tudo bem, não está acontecendo nada”.
“Só pararam de me bater quando fingi um desmaio”
“Assim que começaram as agressões (dentro da tal sala), comecei a ameaçar chamar a polícia. Nesse momento, roubaram meu celular, me deixando lá presa sem qualquer comunicação. Só pararam de me bater quando eu parei de me debater e fingi um desmaio”, narrou a jovem.
Ela conta ainda que, após pessoas dizerem que a polícia estava a caminho, abriram o portão dos fundos da casa noturna e a colocaram para fora. Quando a polícia de fato chegou, usaram um aplicativo para localizar o telefone. “Em menos de cinco minutos, o celular foi entregue por um faxineiro da casa ao policial, falando que meu celular foi encontrado no lixo”, disse.
Segundo o site UOL, a polícia levou a jovem para um hospital, onde ela realizou exames. Depois, eles foram para a 27ª DP de São Paulo, no distrito de Campo Belo. Lá, ela registrou o caso com uma amiga e as pessoas que testemunharam os gritos do lado de fora da casa noturna.
Leia o relato completo da jovem aqui:
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Villa Mix São Paulo e Audiomix afirmam que estão apurando os fatos
Na tarde desta terça-feira (7), um dia após o relato da jovem viralizar nas redes sociais, tanto a Villa Mix São Paulo quanto a Audiomix se pronunciaram sobre o episódio.
Em nota, a Audiomix afirmou que “não corrobora e não tolera quaisquer condutas que afrontem a integridade e o respeito à dignidade da pessoa humana”. A empresa sublinhou ainda que se compromete a “inquirir os empresários licenciados exigindo uma meticulosa apuração dos fatos”.
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A boate Villa Mix de São Paulo confirmou boa parte da história da jovem na nota. Segundo lê-se, houve “um desentendimento com outro cliente, gerando tumulto”. O texto afirma que a equipe de segurança (terceirizada) foi acionada para “resolver a situação”.
Lê-se que uma equipe feminina abordou a jovem. “Conforme restou relatado perante a autoridade policial (Boletim de Ocorrência número 4029-2019), a mesma se mostrava descontrolada, em razão da discussão que teve com o outro cliente, inclusive teria agredido física e moralmente os colaboradores”.
A casa noturna, assim como a Audiomix, também destacou que repudia “qualquer tipo de violência, discriminação, racismo e qualquer tipo de agressão à mulher ou prática oposta à sua finalidade: proporcionar momentos de alegria e descontração”.
E informou também que está “acompanhando a apuração dos fatos e colaborará com as autoridades policiais para a responsabilização pelo lamentável acontecimento”. Além disso, os seguranças envolvidos na história estão, imediatamente, afastados até que os procedimentos oficiais de apuração sejam concluídos.
Leia a nota de esclarecimento da boate Villa Mix São Paulo na íntegra:
A “JHLS lanchonete e choperia”, licenciada da marca Villa Mix, vem por meio desta nota esclarecer os acontecimentos do último dia 05/05/2019 sobre as acusações de uma jovem, que teria sido vítima dentro da casa “Villa Mix” de São Paulo.
Na data referida, a jovem acusadora, conforme ela mesmo admite, teve um desentendimento com outro cliente gerando tumulto capaz de colocar em risco a integridade física dos envolvidos e de terceiros. Nesse momento, a equipe de segurança, composta de colaboradores de empresa terceirizada e especializada em eventos/casas noturnas, foi acionada para resolver a situação.
A equipe feminina de colaboradas da empresa de segurança relata que, ao abordarem a jovem acusadora, conforme restou relatado perante a autoridade policial (Boletim de Ocorrência número 4029-2019), a mesma se mostrava descontrolada, em razão da discussão que teve com o outro cliente, inclusive teria agredido física e moralmente os colaboradores.
A empresa informa que está acompanhando a apuração dos fatos e colaborará com as autoridades policiais para a responsabilização pelo lamentável acontecimento e determinou à empresa de segurança terceirizada o afastamento imediato dos seguranças envolvidos até que os procedimentos oficiais de apuração sejam concluídos.
Por fim, a empresa reitera que repudia qualquer tipo de violência, discriminação, racismo e qualquer tipo de agressão à mulher ou prática oposta à sua finalidade: proporcionar momentos de alegria e descontração.
Diretoria JHLS Lanchonete e Choperia