Tragédia

Chorinho vai homenagear Roberto Rodrigues na próxima sexta-feira

Na última sexta-feira (16), uma tragédia estragou a festa do Chorinho, evento cultural gratuito e…

Na última sexta-feira (16), uma tragédia estragou a festa do Chorinho, evento cultural gratuito e semanal promovido pela prefeitura de Goiânia na calçada do Grande Hotel, no Centro. Roberto Rodrigues da Fonseca Nardi, conhecido pelos frequentadores do local como Dançarino, foi baleado e morreu durante uma briga que também deixou ferido outros dois rapazes.

Pelo Twitter, o produtor cultural Carlos Brandão divulgou uma nota dizendo que o Chorinho não vai parar e pedindo que o público vá vestido de branco na próxima sexta-feira para homenagear a memória do dançarino.

“Qualquer coisa de branco pra gente lembrar dele durante os shows. Os três shows serão dedicados ao Roberto”, conta Brandão. A programação dessa sexta será especial, com Brasil in Trio, Mundhumano e encerrando com o Jorjão, do Quintal do Jorjão.

Quanto à segurança, Brandão destaca que a responsabilidade não recai sobre ele, que é produtor cultural do evento, e sim sobre os órgãos de segurança pública da prefeitura e do Estado. “Cultura faz cultura”, explica, mas que espera que o incidente leve a uma atuação maior do policiamento na região, “Eu sempre acompanhei os ofícios e como esta história comoveu muito, a secretaria de cultura está reforçando o pedido para as autoridades para reforçar a segurança”.

Brandão disse estar feliz com a reação à tragédia, que foi de dar muito apoio ao evento: “Muitas pessoas se posicionaram defendendo o Chorinho e condenando a violência daquele homem que foi armado”, diz o produtor, “às vezes parece que a intenção desse Brasil doido nosso é criminalizar a cultura, as manifestações populares”.

O produtor permanece revoltado com o que aconteceu. “Por que alguém vai armado a um evento feliz como este? Ele não tinha que estar lá”.

Ele também pede justiça para o assassinato: “Quando vão chegar nele? Quem é esse cara?”. Foi Brandão quem conseguiu identificar o Dançarino, que na hora do crime estava sem documentos. Ele criticou o desinteresse: “Tive que revirar tudo e conversar com os amigos dele para saber quem ele era”.

“A cidade já tem tão poucos espaços culturais, tão poucos eventos abertos à população. Muitas vezes é caro, é fechado”, disse Brandão. Ele finaliza dizendo que “o que eu quero é continuar fazendo o Chorinho na proposta que  implementei que é de alegria. Que é dar para a cidade uma opção gratuita, democrática, sadia de diversão”.