‘Nem Bolsonaro, nem Lula. Sou Brasil’, diz Zezé Di Camargo, líder dos sertanejos que foram apoiar candidato à reeleição
Cantor afirma que agora torce por petista no poder: 'Se estou num avião, não vou querer que caia'
No dia 17 de outubro do ano passado Zezé di Camargo liderou um movimento de músicos sertanejos que foram a Brasília oficializar o que chamaram de “parceria” com Jair Bolsonaro (PL), na época candidato à reeleição. Recentemente, o irmão de Luciano disse que o blogueiro bolsonarista Allan dos Santos, que está foragido nos Estados Unidos, “o representa” e é um homem de grandeza. Mesmo assim, Zezé afirma que “não é Bolsonaro nem Lula, é Brasil”.
No encontro em Brasília com o agora ex-presidente Bolsonaro, participaram também Gusttavo Lima, Leonardo, Chitãozinho (da dupla com Xororó), Fernando (da dupla com Sorocaba), George Henrique (da dupla com Rodrigo) e Sula Miranda. Liderados por Zezé Di Camargo, na época disseram ter a certeza que “o melhor para o Brasil é essa formação que está aqui”.
Mas, com Lula (PT) agora no poder, o sertanejo mudou o discurso. “Não sou Bolsonaro, não sou Lula, sou o Brasil. E aquilo que acho melhor, eu vou torcer. Não sou de esquerda nem de direita, mas acho que o Brasil tem que estar bem”, diz o cantor em entrevista ao site F5.
Com o petista no comando, Zezé tentou explicar seu ponto de vista. “Se estou em um avião, não vou torcer para que ele caia porque quero que o piloto se foda. É ignorância isso”.
“Sempre tive opiniões políticas buscando o que seria o melhor, nunca pensando em usufruir de governo, ter favores de governo. Já cedi música de graça para campanhas políticas pensando em um país melhor”, continuou o sertanejo.
Indagado sobre o que espera dos próximos quatro anos de PT, o cantor disse que espera “o melhor”.
“Que faça o melhor ao país. Quem tem que estar na frente é o povo, quem paga é o povo. Venho de origem pobre e sei o que é dormir sem comer, sem ter prato de comida na mesa. Por isso acredito e penso que quem tem de estar bem é o povo. Quem fizer bem para o país eu estarei do lado. Torço para que a gente encontre o caminho. Acho que o Brasil [na época do Bolsonaro] estava caminhando para um momento bom, mas mudou a rota e vamos torcer para que ela traga frutos”, respondeu o pai de Wanessa Camargo.
Vale relembrar que, em eleições passadas, Zezé Di Camargo já se encontrou com Fernando Collor, foi à posse de Fernando Henrique Cardoso e, em 2002, subiu no palanque de Lula e cedeu a música “Meu País” como jingle da candidatura do petista.
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*Com informações do F5